Único show que fui e sobre o qual não escrevi a respeito este ano. Foi no 1200 Festival que escutei pela primeira vez o The Egg, grupo londrino que mistura elementos eletrônicos e batidas pop. Com “Walking Away”, que recebeu um remix bacana de David Guetta, o The Egg ficou conhecido mundialmente, mas é uma pena que seu último CD, “Forwards”, de 2005, não tenha tido o reconhecimento merecido. Destaque para as faixas “Say you will” e “She’s terrific”. Melhor apresentação do festival.
9º lugar: Língua de Trapo e Premeditando o Breque

A apresentação dos dois grupos na Virada Cultural deste ano, em pleno Boulevard São Bento, com meu pai a tiracolo – ídolo – foi simplesmente o máximo. Lembrei-me de quando era pequena, e ficava sentadinha com o encarte enorme do vinil nas mãos, acompanhando as letras das músicas enquanto meu pai escutava. Pontos altos: Wandi chamando meu pai no microfone, pra mostrar o álbum que levava nas mãos, e os autógrafos que conseguimos pegar depois – de todos os integrantes.
8º lugar: Céu
Esta paulistana, que além de linda tem uma voz peculiar e um jeitinho único, conquistou o oitavo lugar no ranking deste ano. Conhecia um pouco de seu trabalho, mas fiquei surpresa ao vê-la pessoalmente. Destaque para “O ronco da cuíca” e “Valsa Para Biu Roque”.
7º lugar: The Killers
Mesmo tendo acontecido de uma forma cansativa – começando às 4 da matina de segunda-feira, e depois de mais de 10 horas de maratona de shows – não há como negar a qualidade musical dos integrantes do The Killers. Brandon Flowers tem uma voz linda, que por vezes lembra até o Freddie Mercury (não me batam). Apesar da demora na montagem do palco, a banda agradou e muito, principalmente com sucessos como “Smile Like You Mean It” e “Sam’s Town”.
6º lugar: Yamandú Costa e Dominguinhos
A dupla que veio de extremos opostos do Brasil ficou com a sexta posição da lista. Yamandú ao violão, Dominguinhos na sanfona. Harmonia inesperada. Qualidade impecável. Em determinado momento, Yamandú canta “Negrinho do Pastoreio”, e Dominguinhos responde com “Forró no Escuro”. Lindo, lindo.
5º lugar: LCD Soundsystem
A festinha privê que James Murphy e sua banda proporcionaram para os poucos presentes no Via Funchal, em novembro, foi o máximo. Pista deliciosa, disco-punk em seu melhor exemplo, finalização apoteótica com “New York, I Love You, But You’re Bringing Me Down”.
4º lugar: Scorpions
Nem a lotação claustrofóbica do Credicard Hall, nem o atraso de mais de meia hora, retiraram o posto dos Scorpions de quarto melhor show do ano. Mesmo com a idade avançada, os tiozinhos mostraram que ainda estão em plena forma, e arrebentaram com uma mistura de clássicos (“Hurricane 2001”, “Wind of Change” e outras) e sons do álbum novo, “Humanity Hour 1”.

A inconfundível “esquimó” realizou um show lindo no último Tim Festival, e conquistou o terceiro lugar na minha lista. Mostrou uma potência vocal incrível (pra quem gosta do seu timbre estridente), estava acompanhada por instrumentos clássicos de sopro e ultramodernos, como o audio pad, além de um grupo de meninas instrumentistas islandesas. Efeitos visuais, cenários, tudo perfeito. Finalização com “Declare Independence” e chuva de papéis. Incrível!
2º lugar: Placebo
Sou suspeita para falar do Placebo, porque gosto muito. Neste ano, o baterista Steve Hewitt deixou o trio, uma baixa triste, mas parece que todos estão bem, não houve uma briga, somente vontade de seguir outros caminhos. Enfim, só sei que (EBA!) tive a oportunidade de vê-los ainda completos, em abril deste ano. Brian Molko, como sempre, provou que a vida junkie ainda não fez efeitos sobre sua voz, e o show foi o máximo, com músicas do álbum mais recente, “Meds”.
1º lugar: Arctic Monkeys
Os Arctic Monkeys fizeram não só o melhor show do Tim Festival, mas também o melhor do ano, na minha modesta opinião. Os rapazes são extremamente talentosos e imprimem personalidade em cada faixa. Músicas rápidas, bateria claramente influenciada pelo punk-rock, letras muito boas e pausas estratégicas nas músicas. Além disso, seu álbum mais recente, “Favourite Worst Nightmare”, também está entre os melhores do ano, e mostrou que o trabalho do grupo está se aprimorando cada vez mais.
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Um excelente final de ano a todos e que 2008 seja fantasticamente musical!
A partir de hoje, me encontrem debaixo de algum coqueiro em Pratigi.