quinta-feira, julho 31, 2014

#28: Conhecer o Cromo

Em Santana, zona norte de São Paulo, existe um lugar muito especial: o Instituto de Psicoterapia Autógena, também conhecido como Cromo. Foi fundado em 1978 e desde então oferece diferentes tratamentos, desde psicologia até terapias alternativas como reiki e cromoterapia, todas gratuitamente.

Pois foi atrás da cromoterapia que busquei o instituto. Pra quem não conhece, é a ciência que se utiliza das cores pra equilibrar energicamente a saúde. O tratamento pode ser feito de diversas formas - meu pai, por exemplo, tem um aparelho com um cristal de luz na ponta, em que se encaixam plaquinhas coloridas pra mudar de cor - mas o mais comum é fazer essa energização com lâmpadas mesmo.

Cada uma das cores tem um objetivo específico. Azul, por exemplo, é calmante, assim como o amarelo é fortificante e o vermelho pode ser eficaz contra a depressão.


Cheguei ao Cromo por volta das 20h. Duas senhoras muito simpáticas me receberam. Preenchi uma ficha e logo fui encaminhada a uma sala escura, com alguns sofás e apenas uma lâmpada no alto, que mudava de cor. Maria, quem me acompanhou, me orientou que ficasse ali por um tempo, apenas relaxando e pensando em mim.

Desliguei o celular só pra ter certeza de que não seria interrompida por nada naquela hora. A música calma ao fundo e o cheiro suave de incenso me ajudaram a relaxar ainda mais. Fiquei ali por uns 10 minutos, respirando muito fundo e praticamente entrando num transe com aquela luz que mudava de cor.

O passo seguinte foi ir à sala ao lado. Esta tinha somente uma luz verde que, dizem, é a cor da cura. Nesta sala, haviam algumas cadeiras e, acima de cada uma, armações em formato de pirâmide, que atuam na energização. Fiquei por ali mais alguns minutos, meditando ao lado de outras pessoas sob a estrutura da pirâmide, até que uma outra senhora me chamou.

Fomos para uma terceira sala, dessa vez para receber de fato o tratamento. Ela pediu que eu mentalizasse somente energias positivas, pedisse a Jesus que me abençoasse, e começou a me aplicar um passe.

Em seguida, pegou lâmpadas de diferentes cores, uma a uma, passando-as sobre mim em regiões específicas. Eu estava de olhos fechados e bastante tomada pela energia daquele passe, mas deu pra ver que todas as cores passaram por mim naquela hora.

Só conseguia pensar que, muitas vezes, a gente emprega muita energia em coisas que não valem a pena, e que a vida na verdade é tão mais simples, mas que a gente só consegue enxergar isso quando para de fato pra pensar e refletir sobre ela, de coração aberto e mente tranquila.

Ao final, muito relaxada, recebi um copinho de água energizada e uma caixa, de onde eu deveria retirar uma frase. “Geralmente faz sentido”, disse ela. Ao abrir, a frase:

“Hoje eu me dedico a ver as coisas sem complicações, e mantê-las simples.”

:)

Ainda conversei mais um pouco com a Maria, que há anos trabalha como voluntária no instituto. Ela me contou um pouco sobre as ações que eles realizam e me convidou a voltar mais vezes. Ganhei um abraço muito apertado antes de ir embora e cruzar a cidade de volta pra casa, mais leve e mais feliz.

O Instituto de Psicoterapia Autógena fica na Rua Ana Benvinda de Andrade, 93, em Santana. Funciona de segunda a quinta, das 19h às 20h30, e às sextas, das 14h às 17h. Eles pedem como contribuição um quilo de alimento ou R$ 5,00, valor simbólico para ajudar pessoas que tanto fazem o bem, em um instituto com propósito tão bonito.


Mais informações: http://www.caminhandojuntos.com.br/

domingo, julho 27, 2014

#27: Participar de uma festa dos Bálcãs

De todos os que conheci em São Paulo, o Sesc mais bonito é certamente o da Pompeia. Aquelas paredes de tijolinhos que remetem à época em que era uma fábrica, o café super charmoso com aquela árvore sempre decorada…


Este ambiente só consegue tornar ainda mais especiais as várias atrações que sempre acontecem por ali. Já fui em festival de cinema alternativo, shows de artistas novos e clássicos que adoro… mas, dessa vez, tive a oportunidade de participar de um evento muito diferente: a Festa dos Bálcãs.

Pra quem não sabe, a região dos Bálcãs é a parte sudeste da Europa - Grécia, Bulgária, Sérvia, entre outros países - conhecida tanto pelos conflitos que já aconteceram ali, como a Guerra dos Bálcãs, como também pela cultura tão rica e diversificada.

Fiquemos com a segunda. A Festa dos Bálcãs no Sesc Pompeia durou uma semana e contou com workshops, comidas típicas e muitos shows de artistas internacionais. Fiquei sabendo pela minha mãe, que pratica danças circulares e iria no domingo, com suas amigas, pra formar uma grande roda de dança no salão da choperia do Sesc.


O lugar estava decorado com grandes bolas coloridas. À meia-luz, vestidos em trajes típicos, a dupla de DJs Venga, Venga! tocava músicas da região, com uma levada eletrônica deliciosa.


Ao longo da noite, bandas de diferentes nacionalidades passaram pelo palco, fazendo todo mundo levantar das cadeiras e formar grandes rodas de dança. Até o jornalista Zeca Camargo, grande amigo de Betty Gervitz (curadora do evento), entrou na roda e dançou conosco.


Terminamos a noite comendo uma banitsa, pãozinho de massa folheada recheado de queijo, típico da Bulgária, que estava delicioso.

A energia de uma roda de dança, normalmente, já é muito especial. Seja pelos movimentos repetidos ou pela energia trocada nas mãos dadas, é sempre uma experiência deliciosa participar de uma roda como essas. Nesta Festa dos Bálcãs, com aquele cenário colorido e ao som de instrumentos gregos, búlgaros e sérvios, não tinha como não ser ainda mais especial.

terça-feira, julho 22, 2014

#26: Voar de helicóptero

No último final de semana, viajei para Monsenhor Paulo, Minas Gerais, terra de minha mãe. Até havia pensado no que fazer de diferente por lá, já que meus 30 se aproximam e ainda faltavam 5 experiências. Mas, no geral, não há muito o que fazer na cidade, já que ela é super pequena e só costumamos ir pra lá para visitar a família e os amigos, mesmo.

Qual não foi minha surpresa quando comecei a ver banners espalhados pela cidade: “Vamos voar de helicóptero?”

Sempre quis andar de helicóptero e até tinha colocado na minha lista de coisas novas a fazer. Porém, cheguei a pesquisar um vôo saindo do Aeroporto Campo de Marte e achei muito caro na época. Acabei esquecendo isso.

Corta. De volta a Monsenhor Paulo, banners espalhados pela cidade, resolvi ligar pra saber quanto era. R$ 70,00 por pessoa, até três pessoas. Me animei! Meu tio Rogério, 68 anos, topou na hora, assim como minha prima Raquel.


O helicóptero saía do campo de futebol da cidade. Era o primeiro vôo do dia, e ele precisou ficar esquentando por um tempo. Eram dois lugares atrás e um ao lado do piloto, que deixamos pro meu tio, assim poderia ter uma vista melhor de sua cidade e tirar fotos com sua câmerazinha que deixou preparada.

 
Bardinzada corajosa :)


Deixamos todas as tias avisadas de que estaríamos sobrevoando a cidade. Certamente passaríamos pelas casas de todas elas! :)

O vôo em si foi bem rápido, levou cerca de 10 minutos. Tanto a decolagem quanto o pouso foram super suaves e não ficamos com medo em nenhum momento. Sobrevoamos a praça central, que fica em frente à igreja, por onde tantas e tantas histórias passaram. Fiquei lembrando de quantos dos meus priminhos pequenos (hoje todos enormes) já levei pra brincar ali, fora minhas histórias de infância e adolescência. A praça pareceu menor vista de cima :)


Circulamos pela cidade, avistando de longe as tias nas janelas. Meu tio, encantado, pediu ao piloto que passasse em frente à sua casa, pra que pudesse fotografar. O dia ajudou a deixar a paisagem ainda mais bonita.


Bonito de ver, do alto, a cidade que desde sempre mora no coração.

:)

domingo, julho 20, 2014

#25: Visitar o túmulo de um cachorro (e me emocionar com sua história)

Um povo que respeita e valoriza os animais vai ter sempre a minha admiração. É o que parece ser o caso da Escócia. Além de encontrar por todo canto souvenirs com o Scottish Terrier, também fomos surpreendidos com um cemitério de cachorros bem no meio do Castelo de Edimburgo, dedicado aos mascotes dos oficiais.

À direita, o cemitério de cachorros.
Mas a história mais conhecida de um cachorro escocês certamente é a de Greyfriars Bobby.


Bobby era o mascote de John Gray, um guarda noturno de Edimburgo. Os dois foram inseparáveis durante dois anos, até que John morreu de tuberculose, sendo enterrado no cemitério Greyfriars.

Mas o cãozinho nunca abandonou seu dono e passou 14 anos ao lado de seu túmulo. Ainda que, periodicamente, o jardineiro e o coveiro tentassem retirá-lo de lá, ele sempre voltava. Por fim, venceu todo mundo pelo cansaço e ganhou até uma casinha. Dizem que ele nunca deixou de ficar ali, ao lado de John, mesmo nos invernos mais rigorosos.


Quando Bobby morreu, ele não poderia ser enterrado junto com seu dono. Porém, conseguiram que ele fosse enterrado logo na entrada do cemitério. Bobby passou a ser chamado de Greyfriars Bobby e ganhou uma estátua em tamanho real bem na entrada, se tornando um dos principais pontos turísticos de Edimburgo.


Os visitantes que passam pelo seu túmulo não costumam deixar flores, mas sim, gravetos.

Faz muito mais sentido, afinal :)

"Que a sua lealdade e devoção sirvam de lição para todos nós."

sábado, julho 19, 2014

#24: Conhecer Edimburgo, na Escócia

21 de maio, dia do aniversário de minha mãe. Já tínhamos passado uma manhã muito especial na Catedral de Saint Paul, em Londres, e partiríamos de trem às 15h30 rumo a Edimburgo, na Escócia.

Era mais um dia lindo e já havia me informado sobre todos os lugares pelos quais passaríamos, e que valia prestar atenção. Descobri que o melhor era ficar ao lado direito do trem, assim a paisagem seria ainda mais bonita. Durante as pouco mais de 4 horas de viagem, passamos por castelos e igrejas incríveis nas cidades de York e Durham, além de uma paisagem costeira maravilhosa em Berwick.

Chegamos a Edimburgo por volta das 20h e, ao sair da estação, ficamos absolutamente maravilhados com aquela paisagem medieval. Era fim de dia, o céu começava a ficar amarelado, e os monumentos despontavam na paisagem como se tivessem sido colocados lado a lado, um a um, estrategicamente posicionados pra que pudesse passar uma grande avenida pelo meio. Dá a impressão de que tudo acontece ao longo desta avenida, já que a região central, que concentra praticamente todos os pontos turísticos, é relativamente pequena.


No dia seguinte, muito frio e chuva. Era primavera, e os 7 graus não intimidavam as flores muito coloridas e o gramado verdinho por onde passamos. Estávamos no Princes Garden, a caminho do castelo, o grande ponto turístico da cidade. Incrível contemplar essa natureza tão diferente em contraste com a arquitetura do lugar, tendo como clima essa neblina constante que dava um ar misterioso.


A visita ao castelo levou praticamente o dia todo. São muitos os museus que contam a história dos “highlanders” - os homens da terra alta -, as histórias de guerra, além de espaços que explicam a cultura da Escócia, seus costumes e crenças.

Muito divertido :)
De todos os lugares do castelo, vistas maravilhosas da sombria cidade, sob uma chuvinha fina que insistia em cair.

Cenário de filme.
Em cada ponto estratégico do castelo, haviam os guardinhas vestidos com as famosas kilts, as saias escocesas, que faziam a troca da guarda de vez em quando. É até engaçado porque eles são muito sincronizados e a “coreografia” é até um pouco exagerada, mas foi muito interessante conhecer um pouco mais sobre essa cultura.


O castelo também permite visita às antigas prisões de guerra, em que não só as instalações foram mantidas conforme as originais, como também a energia parece ter sido mantida. Na verdade, essa energia pesada é algo que se sente ao longo de toda a cidade, talvez pela tortuosa caça às bruxas no século XVI e pelo grande número de execuções que aconteceram ali.

Alguém não estava se importando muito com isso, rs
Além do castelo, há uma série de lugares incríveis para se conhecer na cidade. Ainda no primeiro dia, terminamos a tarde no Calton Hill, um parque que tem uma vista linda da cidade e conserva algumas instalações arquitetônicas maravilhosas.




Também fomos ao Arthur’s Seat, que fica no Hollyrood Park. A caminhada é relativamente pesada e meus pais não quiseram acompanhar, mas a vista de lá do alto é a mais bonita de toda a cidade. Nem o vento gelado impediu que a gente ficasse por ali, admirando tudo aquilo.



Todos os dias em Edimburgo, exceto a chegada, foram fechados, cinzas e frios, com raras aparições do sol. E isso só conseguiu fazer com que a energia e a beleza do lugar se tornassem ainda mais especiais.

Novos amigos :)


Se pudesse escolher uma palavra pra descrever a cidade, seria mágica. Poética e literalmente.

Alguém duvidaria?

segunda-feira, julho 07, 2014

#23: Beatles tour

Passar um dia em Liverpool foi uma das experiências mais incríveis que já vivi até hoje. Pra quem, como eu, cresceu ouvindo Beatles, estar na cidade em que eles nasceram, conhecendo tudo o que fosse relacionado à sua história, e ainda por cima com meu pai, um fanático pelo grupo, foi mais do que especial, foi mágico.

Saímos de Londres às 5h30 da manhã. Três horas depois, de trem, chegamos à estação de Liverpool, uma cidade grande com clima de cidade pequena. Pontualmente às 10 horas, chegaria o carro pra nos levar pelo Beatles Tour. O guia parecia ser muito divertido e nos levou por um passeio de três horas pela história dos Beatles.

Nosso carro e o guia simpático :)
Começamos passando pela Catedral de Liverpool, que é imensa - está entre as 10 maiores do mundo. E você pode perguntar: mas o que isso tem a ver com a história? É que o Paul, quando novinho, participou de um processo para participar do coral desta igreja - mas não passou.

De lá, fomos conhecer as casas em que cada um deles viveu em sua infância.

Começamos pela rua em que Ringo viveu, com casinhas muito simples de dois cômodos e banheiro fora da casa, o que fez com que as casas não tivessem muita utilidade atualmente. A rua estava completamente vazia e silenciosa, porque as casas estavam interditadas para demolição, e, além de um pouco triste, foi interessante experimentar um passeio turístico totalmente vazio e tranquilo, em que de fato se podia sentir a energia do lugar.

Fachada da casa de Ringo.

A rua, sem uma alma passando.
A casa de John Lennon era maior e mais bonita. Era, na verdade, a casa de sua tia Mimi, em que viveu por muitos anos, já que sua mãe sofria de problemas com bebida. Ali, tem a famosa placa póstuma que é feita 20 anos depois da morte de pessoas importantes na Inglaterra e colocada nas casas em que viviam. Se prestar atenção, tem por todo canto. O guia nos apontou um ponto de ônibus do outro lado da rua e contou, triste: foi ali que a mãe de John morreu atropelada.

Casa de John Lennon. No alto, a plaquinha azul de honra aos que já foram.
Fomos à casa de George, que também era simples, e depois à casa de Paul, o mais “bem de vida” dos quatro.


Viramos uma esquina e o guia mudou a música no rádio: estávamos em Penny Lane, uma importante rua da cidade, que inspirou a canção de mesmo nome. Ali, havia um outro ponto de ônibus em que os Beatles costumavam se encontrar, além de várias referências à música: o barbeiro, o banco… foi lindo passar por ali ouvindo a música no rádio e tentando imaginar como seriam as coisas naquela época.



Dali, fomos ao lugar em que Paul e John se encontraram pela primeira vez: Catedral de Saint Peter Woolton. Nos fundos da igreja, eram enterradas as pessoas importantes da época. John estava tocando ali em uma festa com sua primeira banda, Quarrymen, quando Paul entrou de bicicleta por um dos portões da igreja e o grupo chamou sua atenção. Ali começava uma parceria de muitos anos.


Neste mesmo lugar, há o túmulo de Eleanor Rigby. Diz a história que John tocava naquela igreja e Paul ficava sempre esperando os ensaios acabarem pra que eles pudessem se encontrar. Numa dessas, compôs Eleanor Rigby, pois achou o nome sonoro. Essa é minha música preferida dos Beatles e me emocionei bastante em mais este lugar silencioso e misterioso da cidade.


Depois passamos pelo Strawberry Field, um orfanato que, pelo que entendi, está desativado. Até porque, por trás do portão - uma réplica fiel ao original, dos tempos dos Beatles - só é possível ver um monte de mato alto. Tem um quê de mistério no silêncio desse lugar.


Terminamos o passeio no Cavern Club, que fica ao lado do clube original em que os Beatles tocavam e onde começaram a fazer sucesso. Buscou-se manter exatamente a mesma estrutura do pequeno clube, que mais parecia uma caverna mesmo, e ainda hoje há shows diários de rock no local.


Passamos a tarde na Beatles Story, o maior museu sobre a história dos Beatles no mundo. Se, durante a manhã, nos tornamos mais próximos dos quatro garotos de Liverpool através de suas vidas, à tarde pudemos conhecer mais sobre a sua trajetória profissional.

Uma verdadeira e deliciosa imersão em sua história, um dia pra não esquecer nunca mais.

sábado, julho 05, 2014

#22: Conhecer Londres

Conhecer Londres nunca foi um dos meus maiores sonhos. Claro que adoraria conhecer a cidade, mas se tivesse escolhido o destino das minhas férias, não iria pra lá neste momento. Mas, como a ideia aqui era guiar meus pais, nesta viagem fomos de trem de Paris a Londres, que meu pai sempre sonhou em conhecer. Ficamos hospedados bem ao lado do Hyde Park, um dos maiores da cidade.
Albert Memorial, no Hyde Park. Bem em frente, a famosa casa de shows Albert Hall.
É engraçado chegar a Londres e já de cara identificar uma cultura muito marcada: ônibus de dois andares, cabines telefônicas vermelhas, além dos táxis, tão clássicos, por toda parte. É aquela famosa e gostosa sensação de se estar em um filme :)

Não se engane: elas cheiram a xixi rs
O bom de não ir com grandes expectativas para um lugar é que a gente sempre acaba se surpreendendo. Londres me encantou a cada esquina que passava. Me encantei com a arquitetura, tijolinhos de um lado e de outro; com as pessoas, tão educadas e corretas; com todos os lugares já conhecidos que só ficam mais lindos quando vistos de perto; por fim, com o tempo, maravilhoso, inacreditavelmente quente, contrariando toda a fama de cidade cinza.

Estação Saint Pancras, deixando a gente de boca aberta logo na chegada.
Fizemos muitos dos passeios comuns aos turistas. Fomos assistir à troca da guarda no Palácio de Buckingham, que começa às 11h em ponto e é bem divertida, apesar de estar tudo muito cheio e não ter dado pra ver tão bem.

Marcha, soldado!
Andamos na London Eye, a famosa roda-gigante, que é bem legal vista de fora, mas de dentro é ok, achei que a volta foi muito rápida, principalmente pelo valor que custa - pouco mais de 100 reais - e quase não deu pra curtir a vista.
Olhando assim, nem parece que cabem 25 pessoas por cabine.
Passamos pela Catedral de Westminster e pela Abadia de Westminster, onde o William e a Kate se casaram. Conhecemos também a Catedral de Saint Paul, tão linda por dentro que conseguiu entrar no meu top 3, junto com a Sagrada Família, em Barcelona, e a Notre Dame, de Paris.

Abadia de Westminster
Mas, de todos os lugares famosos, o que realmente me chamou a atenção foi a Parliament Square, onde fica o Big Ben, grande símbolo da cidade. Pra mim, o ponto mais bonito e marcante da cidade. Parece que ali cai a ficha de que realmente se está em Londres!


Ainda deu tempo de irmos a Camden Town, bairro alternativo em que morava a Amy Winehouse. Aos finais de semana, há umas feirinhas de comida, roupas e decoração que reúnem gente de tudo quanto é tipo. Uma mistura de Benedito Calixto com Rua Augusta e Galeria do Rock. Passamos uma tarde na Oxford Street, a rua das compras, e passeamos pela Baker Street, famosa rua em que “morava” Sherlock Holmes.


Também andamos muito no Hyde Park, delicioso para um fim de tarde. Comemos muito bem em todos os lugares, contrariando outra questão referente a Londres de que não tem comida boa. Fiz meus pais experimentarem o famoso fish and chips, só pra dizer que comeram a refeição mais popular do Reino Unido. 


Ainda assim, ficou a impressão de que deixei de fazer muita coisa que queria. Queria ter ido aos museus - a maioria deles tem entrada gratuita - mas não fomos em nenhum. Queria ter passado um dia todo em Camden Town pra viver mais de perto aquele lugar tão diferente. Queria ter conhecido a Abbey Road, que acabamos não indo. Queria ter entrado na Abadia de Westminster, que estava fechada no domingo. Também queria ter ido à Tower of London, que dizem que é linda, mas no dia acabamos fazendo outra coisa.

Tower of London, que só vimos de fora.
Vontade de voltar lá e viver uma Londres que ainda não conheci. Saio com a sensação de que tem muito mais me esperando lá, numa próxima (e, espero, breve) oportunidade.