segunda-feira, julho 07, 2014

#23: Beatles tour

Passar um dia em Liverpool foi uma das experiências mais incríveis que já vivi até hoje. Pra quem, como eu, cresceu ouvindo Beatles, estar na cidade em que eles nasceram, conhecendo tudo o que fosse relacionado à sua história, e ainda por cima com meu pai, um fanático pelo grupo, foi mais do que especial, foi mágico.

Saímos de Londres às 5h30 da manhã. Três horas depois, de trem, chegamos à estação de Liverpool, uma cidade grande com clima de cidade pequena. Pontualmente às 10 horas, chegaria o carro pra nos levar pelo Beatles Tour. O guia parecia ser muito divertido e nos levou por um passeio de três horas pela história dos Beatles.

Nosso carro e o guia simpático :)
Começamos passando pela Catedral de Liverpool, que é imensa - está entre as 10 maiores do mundo. E você pode perguntar: mas o que isso tem a ver com a história? É que o Paul, quando novinho, participou de um processo para participar do coral desta igreja - mas não passou.

De lá, fomos conhecer as casas em que cada um deles viveu em sua infância.

Começamos pela rua em que Ringo viveu, com casinhas muito simples de dois cômodos e banheiro fora da casa, o que fez com que as casas não tivessem muita utilidade atualmente. A rua estava completamente vazia e silenciosa, porque as casas estavam interditadas para demolição, e, além de um pouco triste, foi interessante experimentar um passeio turístico totalmente vazio e tranquilo, em que de fato se podia sentir a energia do lugar.

Fachada da casa de Ringo.

A rua, sem uma alma passando.
A casa de John Lennon era maior e mais bonita. Era, na verdade, a casa de sua tia Mimi, em que viveu por muitos anos, já que sua mãe sofria de problemas com bebida. Ali, tem a famosa placa póstuma que é feita 20 anos depois da morte de pessoas importantes na Inglaterra e colocada nas casas em que viviam. Se prestar atenção, tem por todo canto. O guia nos apontou um ponto de ônibus do outro lado da rua e contou, triste: foi ali que a mãe de John morreu atropelada.

Casa de John Lennon. No alto, a plaquinha azul de honra aos que já foram.
Fomos à casa de George, que também era simples, e depois à casa de Paul, o mais “bem de vida” dos quatro.


Viramos uma esquina e o guia mudou a música no rádio: estávamos em Penny Lane, uma importante rua da cidade, que inspirou a canção de mesmo nome. Ali, havia um outro ponto de ônibus em que os Beatles costumavam se encontrar, além de várias referências à música: o barbeiro, o banco… foi lindo passar por ali ouvindo a música no rádio e tentando imaginar como seriam as coisas naquela época.



Dali, fomos ao lugar em que Paul e John se encontraram pela primeira vez: Catedral de Saint Peter Woolton. Nos fundos da igreja, eram enterradas as pessoas importantes da época. John estava tocando ali em uma festa com sua primeira banda, Quarrymen, quando Paul entrou de bicicleta por um dos portões da igreja e o grupo chamou sua atenção. Ali começava uma parceria de muitos anos.


Neste mesmo lugar, há o túmulo de Eleanor Rigby. Diz a história que John tocava naquela igreja e Paul ficava sempre esperando os ensaios acabarem pra que eles pudessem se encontrar. Numa dessas, compôs Eleanor Rigby, pois achou o nome sonoro. Essa é minha música preferida dos Beatles e me emocionei bastante em mais este lugar silencioso e misterioso da cidade.


Depois passamos pelo Strawberry Field, um orfanato que, pelo que entendi, está desativado. Até porque, por trás do portão - uma réplica fiel ao original, dos tempos dos Beatles - só é possível ver um monte de mato alto. Tem um quê de mistério no silêncio desse lugar.


Terminamos o passeio no Cavern Club, que fica ao lado do clube original em que os Beatles tocavam e onde começaram a fazer sucesso. Buscou-se manter exatamente a mesma estrutura do pequeno clube, que mais parecia uma caverna mesmo, e ainda hoje há shows diários de rock no local.


Passamos a tarde na Beatles Story, o maior museu sobre a história dos Beatles no mundo. Se, durante a manhã, nos tornamos mais próximos dos quatro garotos de Liverpool através de suas vidas, à tarde pudemos conhecer mais sobre a sua trajetória profissional.

Uma verdadeira e deliciosa imersão em sua história, um dia pra não esquecer nunca mais.

Um comentário:

  1. Anônimo10:16 PM

    Excelente, Mari! Foi um dia pra la de emocionante!

    Natão

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