Tudo o que se fala de Paris é verdade. Pelo menos, eu pude comprovar pessoalmente tudo o que eu ouvi antes de visitar a cidade.
Dentre os locais por onde passei, foi de longe o mais bonito. Não é à toa que é a cidade mais visitada por turistas do mundo todo! Sua beleza realmente impressiona a cada esquina, e dependendo do pique, pode-se percorrer os principais pontos a pé.
Da Torre Eiffel, chega-se facilmente ao Hotel dos Inválidos, que reúne o maior número de canhões do mundo, além de dois museus de armas e da tumba de Napoleão, essa construção magnífica que você vê ao lado. De lá, chega-se também à Catedral de Notre Dame, de uma grandiosidade que assusta e emociona. Enfim, descobre-se um novo parque ou monumento a cada rua, uma nova ponte sobre o charmoso Rio Sena...
Mas, como nem tudo é perfeito, Paris tem sim o seu lado negativo: as pessoas. Sem querer generalizar (mas já generalizando), os problemas comportamentais parecem estar incrustados na cultura deles. Ouvi dizer que os parisienses não suportam mais turistas pedindo informações, o que faz deles um pouco antipáticos e impacientes. Até por isso, o governo vem promovendo uma campanha para que os cidadãos sejam mais simpáticos, o que – pelo que vi – ainda não estava dando resultado. Além de tudo, a grande maioria não fala nada de inglês, então (outra dica, hein?), aprenda a perguntar, em francês, se a pessoa fala inglês (Excusez-moi, parlez-vous anglais?).
E acredite: essa antipatia não é o pior defeito. O que mais me incomodou na cidade foi mesmo a sujeira! Absolutamente todos os banheiros estavam imundos, do restaurante ao museu. O metrô fede. A impressão que tive é que os bares e restaurantes são limpos apenas no final do dia e, se você vai almoçar fora, a cadeira e o chão estarão acumulando toda a sujeira derrubada até aquele momento.
Em todos os restaurantes que estivemos, os copos tinham marcas de batom ou outras bebidas, sem contar o trágico episódio em que encontramos não uma, mas DUAS moscas – e de espécies DIFERENTES – em nossas saladas. Só não foi pior porque o gerente do local, que aparentava ser indiano, foi simpático e permitiu que fôssemos embora sem pagar nada.
Paris foi assim: uma mistura esquisita de encantamento e nojo. Sim, nojo!
Foto: Paulo Henrique Schneider
segunda-feira, setembro 14, 2009
quinta-feira, setembro 03, 2009
Paris, Je t´aime
Parece óbvio dizer que, em toda e qualquer viagem, é preciso ficar ligado em dicas de quem já passou por ali. Seja uma busca no Google (o Maps foi fundamental no meu caso), seja perguntando a amigos ou àqueles que encontrar no caminho, sempre vale a pena anotar tudo antes de explorar um lugar novo.
bacanas que recebi em relação a Paris:
Torre Eiffel - Acorde cedo e seja o primeiro!
Dica de Marcos, colega brasileiro do nosso curso de inglês.
Se você quer visitar o maior símbolo parisiense e não dispõe de horas extras pra perder na fila, acorde cedo e chegue lá entre 8h e 8h30. As visitas só têm início às 9h, mas chegando um pouco antes
você pega uma fila pequena, sobe na primeira leva e ainda consegue umas fotos mais exclusivas, com o local vazio, como esta que você vê ao lado.
Se você tem pouco tempo, visite o Museu de Rodin!
Dica de Sólon, ex-morador da cidade
Eu sei, eu sei: como chegar na frente do gigantesco Museu do Louvre, um dos mais importantes do mundo, e não entrar? É simples: quando você chega a Paris em uma sexta-feira e vai embora no domingo, cada minuto é valioso, e um breve tour pelo Louvre não leva menos que duas horas. É verdade! Você já tentou procurar as instruções, por exemplo, para ver a Monalisa? São inúmeros corredores, escadarias e
elevadores que você terá que pegar para chegar a ela. E posso falar? Fontes confiáveis relataram que o quadro é pequeno e fica tão distante e protegido que mal dá pra ver direito. Enfim, é claro que estivemos no museu - como não vê-lo, pelo menos de fora? - mas entramos mesmo no Museu do Rodin.
A mansão em que o escultor morava, bem como seu belo jardim, hoje
abriga algumas de suas principais obras. É mágico passear por entre as
árvores, descobrindo hora o famosíssimo "Pensador", hora alguma escultura de Victor Hugo, além do assustador e intrigante "Portão do Inferno", que você vê à direita e deu fama ao artista no século XIX. Dentro da mansão, "O Beijo", além de um quarto destinado a Camille Claudel (namorada* de Rodin) e muitos outros trabalhos.
Não visite o Sacre-coeur à noite, pode ser perigoso.
Novamente Marcos, capixaba esperto!
Nosso hotel ficava próximo ao Montmartre, região alternativa de Paris que abriga galerias de arte e a belíssima Basílica do Sacre-Coeur. Como chegaríamos na sexta-feira à noite (eu já disse isso?), pensamos inicialmente em visitar a igreja logo na primeira noite. Mas nosso colega alertou: o lugar fica cheio de senegalezes malandros, melhor ir durante o dia. Assim, acordamos cedo no domingo e fomos pra lá.
A basílica fica no ponto mais alto da cidade e é feita de mármore travertino, responsável pela
brancura da construção. O acesso se dá através de duas rampas, que levam a escadarias, que levam a mais escadarias, e então à igreja. No início de cada uma das rampas havia um grupo de senegalezes fechando a passagem e tentando vender artesanato a quem passasse por ali: seguravam o braço das pessoas e tentavam colocar pulseirinhas quase à força. Fiquei imaginando que à noite deve ser realmente perigoso por ali, enquanto subia os mais de 300 degraus até o domo da basílica, que oferece esta bela vista da cidade, à direita.
Já viu a torre de dia? Não deixe de voltar lá à noite!
Da turma de amigos que passara por ali semanas antes
Não sei dizer desde quando, mas de uns tempos pra cá a torre recebeu uma iluminação especial à noite e, mesmo após quase 10 horas andando sem parar, pegamos novamente o ônibus até o Trocadero, de onde já conseguimos ver a belíssima construção de ferro brilhando. O último horário para subir na torre é à meia-noite, mas de baixo você também consegue uma bela visão:
Emoção indescritível, parece feita de ouro!
*Update by Deinha Gondimm o almanaque de cultura geral da tchurma: Camille Claudel era amante, e não namorada de Rodin. Veja mais no filme “Camille Claudel", com Gérard Depardieu no papel de Rodin.
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