A melhor oportunidade para conhecê-la - já que os preços de entrada são abusivos - foi o coquetel oferecido pela Pioneer, na última sexta, 28 de setembro. Os convidados chegavam um pouco antes, havia bebida e pizza à vontade e, depois de aberta ao público, a casa receberia o lendário Andy Fletcher, tecladista e co-fundador do Depeche Mode (grupo da década de 70 que ajudou a introduzir sonoridades eletrônicas no pop), que faria um Dj set.
Não se pode negar que a casa é realmente bonita. Um galpão com pé-direito bem alto, lustres coloridos e duas pistas de dança, com diversos telões. Bem estruturado, o banheiro é grande e a todo momento recebe um trato da equipe de limpeza.
Apesar de não poder beber o bom champagne francês Mumm (estava tomando remédio), consegui aproveitar bastante o som do Monsters at Work, que tocou enquanto rolava o coquetel. Gente bonita, aparentemente civilizada. Até que abriram-se os portões e a legião de patricinhas e playboys mal educados, que pagavam de R$ 80,00 a R$ 2.000,00 pela entrada, coneçaram a invadir o recinto.
Você pagaria R$ 2.000,00 pra ficar naquela área ali de cima?
Carlo Dall'anese abriu para Andy, tocando tech-house. Decaiu um pouco no decorrer da sua apresentação, mas mesmo assim conseguiu manter a pista animada. Quando Fletcher entrou, o público vibrava! Mesmo que, com certeza, a grande maioria não saiba quem ele é, muito menos o que representa para a música eletrônica.
O senhor, que aparenta uns 50 anos, comandou durante algumas horas dois CDJs e duas pickups, e mostrou habilidade no manuseio dos aparelhos. Confesso que fiquei um pouco decepcionada com suas viradas, algumas vezes grotescas, mas a seleção das músicas foi boa, alguns remixes do Depeche Mode... li que ele fechou com Enjoy the Silence, a minha preferida, só que não fiquei até o final pra conferir. A sensação claustrofóbica estava forte, muitas e muitas pessoas não se contentavam em dançar, queriam era ficar andando.
Pra completar, a bebida na casa é caríssima. Ao final do coquetel, uma água custava R$ 6,00 e, uma cerveja em lata, R$ 9,00. Não vou nem contar o valor do combo vodca + energético, pra não chocar. Ainda bem que eu não estava bebendo!
É Mari... nem tudo que reluz é ouro...
ResponderExcluirPelo menos não voltaram com uma franja loura chapeada (vi o Kadu domingo e disse "ufa!") kkkk
Bjão!
é um verdadeiro Club A para playboy! excelente texto!
ResponderExcluirPH
Parabéns pelo texto !! Realmente foi uma experiência claustofóbica...
ResponderExcluirBjs
Fiquei sabendo que foi uma grande aglomeração de loiras de franja com bronzeado "paris hilton"... rs
ResponderExcluirO triste é que uma casa assim sempre vai ter público, alguém disposto a pagar valores surreais pelo simples e fútil fato de estarem ali.
Belo texto!!!