terça-feira, outubro 02, 2007

No mundo todo, e agora em São Paulo

Fazia um tempo que estava com vontade de conhecer o Club Pacha. Com unidades em diversos países do mundo, como Espanha, Egito e até Marrocos, a boate é conhecida pela estrutura diferenciada e pela boa qualidade do som.

A melhor oportunidade para conhecê-la - já que os preços de entrada são abusivos - foi o coquetel oferecido pela Pioneer, na última sexta, 28 de setembro. Os convidados chegavam um pouco antes, havia bebida e pizza à vontade e, depois de aberta ao público, a casa receberia o lendário Andy Fletcher, tecladista e co-fundador do Depeche Mode (grupo da década de 70 que ajudou a introduzir sonoridades eletrônicas no pop), que faria um Dj set.

Não se pode negar que a casa é realmente bonita. Um galpão com pé-direito bem alto, lustres coloridos e duas pistas de dança, com diversos telões. Bem estruturado, o banheiro é grande e a todo momento recebe um trato da equipe de limpeza.

Apesar de não poder beber o bom champagne francês Mumm (estava tomando remédio), consegui aproveitar bastante o som do Monsters at Work, que tocou enquanto rolava o coquetel. Gente bonita, aparentemente civilizada. Até que abriram-se os portões e a legião de patricinhas e playboys mal educados, que pagavam de R$ 80,00 a R$ 2.000,00 pela entrada, coneçaram a invadir o recinto.

Você pagaria R$ 2.000,00 pra ficar naquela área ali de cima?


Carlo Dall'anese abriu para Andy, tocando tech-house. Decaiu um pouco no decorrer da sua apresentação, mas mesmo assim conseguiu manter a pista animada. Quando Fletcher entrou, o público vibrava! Mesmo que, com certeza, a grande maioria não saiba quem ele é, muito menos o que representa para a música eletrônica.

O senhor, que aparenta uns 50 anos, comandou durante algumas horas dois CDJs e duas pickups, e mostrou habilidade no manuseio dos aparelhos. Confesso que fiquei um pouco decepcionada com suas viradas, algumas vezes grotescas, mas a seleção das músicas foi boa, alguns remixes do Depeche Mode... li que ele fechou com Enjoy the Silence, a minha preferida, só que não fiquei até o final pra conferir. A sensação claustrofóbica estava forte, muitas e muitas pessoas não se contentavam em dançar, queriam era ficar andando.

Pra completar, a bebida na casa é caríssima. Ao final do coquetel, uma água custava R$ 6,00 e, uma cerveja em lata, R$ 9,00. Não vou nem contar o valor do combo vodca + energético, pra não chocar. Ainda bem que eu não estava bebendo!

4 comentários:

  1. Anônimo12:54 PM

    É Mari... nem tudo que reluz é ouro...

    Pelo menos não voltaram com uma franja loura chapeada (vi o Kadu domingo e disse "ufa!") kkkk

    Bjão!

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  2. Anônimo2:58 PM

    é um verdadeiro Club A para playboy! excelente texto!

    PH

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  3. Anônimo10:32 AM

    Parabéns pelo texto !! Realmente foi uma experiência claustofóbica...
    Bjs

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  4. Fiquei sabendo que foi uma grande aglomeração de loiras de franja com bronzeado "paris hilton"... rs

    O triste é que uma casa assim sempre vai ter público, alguém disposto a pagar valores surreais pelo simples e fútil fato de estarem ali.

    Belo texto!!!

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