terça-feira, outubro 30, 2007

Girl Talk just wanna have fun

A noite dedicada à música eletrônica no Tim Festival, batizada "Tim Festa", aconteceu na última sexta-feira.

O local escolhido foi a casa noturna gay The Week, que é enorme e muito bem decorada. Com piscina, deck, duas pistas, quatro bares e muitas luzes, a casa foi bem escolhida para a realização do evento.

As atrações não eram das mais chamativas, e por isso o público foi menor do que o esperado. A pista principal foi aberta pelo britânico Sinden, que faz dupla com Hervè no Count of Monte Cristal. Não sei se os participantes estavam muito preocupados com isso, mas Sinden não ia tocar sozinho, e acabou tocando. A produção não avisou, mas Hervè nem apareceu. Sinden abriu com uma mistura de funk carioca com batidas do house, e desenrolou sua apresentação com qualidade, mesclando tecno, house e hip hop.

Enquanto isso, na outra pista, Alexandre Herchcovitch e Johnny Luxo (alguém sabia que eles tocavam?) apresentaram um back to back de eletro e pop dos anos 90. Só que ninguém ficou sabendo que estava rolando esta outra pista (mais uma falha da organização, que deveria ter entregue uma programação com o line-up), então os dois tocaram para umas duas ou três pessoas. Sem exagero.

Depois deles, o alemão Daniel Haaksman mostrou por que é o maior disseminador do funk carioca na Europa (lançou dois álbuns dedicados ao estilo) e tocou todo tipo de ritmo africano. Muito groove, viradas de qualidade, e mais uma vez para meia dúzia de pessoas que sem querer passaram por ali.

Na pista principal, após Sinden, veio a apresentação mais esperada da noite: o norte-americano Gregg Gillis (foto), com seu projeto Girl Talk. O produtor utiliza uma técnica chamada mash-up, que consiste em colar diferentes músicas para formar uma só. E ele eleva este conceito ao máximo, pois chega a utilizar até vinte músicas em uma faixa. Mistura Nirvana, Avril Lavigne, Beyoncée e une tudo isso a batidas eletrônicas. O resultado é interessante.

Mesmo sem realizar estas mixagens ao vivo, Gregg fez muito sucesso entre os presentes por seu carisma, digamos, exagerado. Durante sua apresentação - que fez questão de realizar no chão, e não no palco, como os outros - o artista pulou, dançou, tirou a camisa e literalmente foi pra galera. Na última música, levou o microfone para o meio da pista, onde se jogou no chão, fez flexões e chegou a virar uma lata de cerveja em sua própria cabeça. Completamente maluco.

Depois de toda a fanfarrice, ficou pequeno pro norueguês Lindström, que, por sua formação musical, trouxe melodias mais sérias e estilo diferenciado. Com o ponto positivo de tocar todos os instrumentos presentes em suas músicas, Lindström agradou. Para finalizar a pista principal, a dupla de tecno Tok Tok apresentou seu live act. Detalhe: a dupla não havia sido anunciada no site do evento.

As falhas na organização deixaram os jornalistas um pouco confusos. Mas o saldo foi positivo: cobertura em tempo real e três inserções no Uol música. Orgulhinho!

Foto: PH Schneider

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