Os meios de transporte foram muitos: metrô até o Tietê, ônibus até Curitiba, trem até Morretes, van até Pontal do Sul, barco até a ilha... ufa! Mas deu tudo certo, mais certo impossível. Vamos por partes:
Chegamos à rodoferroviária de Curitiba por volta das 6h da manhã. Nosso trem sairia às 08h15, então deu tempo de tomarmos um café e retirarmos as passagens com calma. Existem algumas categorias de viagem: a executiva sai por R$ 36,00, a turística (que foi a que escolhemos) custa R$ 58,00 e inclui guia e lanche, e o camarote custa R$ 85,00. Ainda é possível fechar um camarote exclusivo para até 6 pessoas por R$ 503,00.
Pontualmente às 08h15, nosso trem partiu. Beatriz Barbosa, mais conhecida como BB (à direita), foi a nossa guia, e não parou de falar um minuto sobre as belezas da região da serra e os fatos históricos que envolveram a construção da ferrovia, como a Ponte São João, na foto abaixo, que foi totalmente construída sem porcas ou parafusos. Diz a lenda que quem encosta na ponte tem 7 anos de prosperidade na vida. Na dúvida, encostamos.
Mesmo com o trem a no máximo 15km/hora, totalizando 4 horas de passeio, a viagem passou rápido e foi excelente. As paisagens são espetaculares: trechos forrados de hortênsias, o belo Rio Ipiranga, túneis de pedra escuros e misteriosos, o dia (como em raras ocasiões) ensolarado...
Algumas antigas estações (como esta à direita) foram transformadas em cafés, um charme só. Porém, a maioria delas encontra-se em ruínas, prestes a desabar, uma judiação (como esta abaixo). Fica um apelo à ALL (América Latina Logística), empresa que tem a concessão da ferrovia: restaurem essas construções! Aproveitem enquanto ainda há pelo menos as fachadas para que se possa ter uma referência de como foram!
Aos domingos, o trem vai até Paranaguá, com paradas em Marumbi (onde se acampa para escalar o pico de mesmo nome) e Morretes. Nos outros dias, vai somente até Morretes. Pedimos uma orientação sobre o melhor caminho para a Ilha do Mel, e fomos informados de que era melhor descer em Morretes, pegar uma van até Pontal do Sul e, de lá, pegar o barco que em meia hora chegaria à Ilha. Caso optássemos por descer em Paranaguá, pegaríamos o barco direto, que leva duas horas para chegar lá.
Fizemos a primeira opção, e descobrimos depois que foi a melhor, já que o trem demora absurdamente para chegar a Paranaguá e, por lá, não existe paisagem bonita. Por ser uma região portuária, há pouca gente na rua e muito lixo, além do trem parar pra os carros passarem, o que torna o trajeto ainda mais maçante.
Em Pontal do Sul, nos deparamos com uma grande placa que dizia: “Limite de pessoas na Ilha do Mel – 5.000. Estamos em 3.100”. Acho importante ter este domínio, porque a Ilha é composta por muita mata fechada, e há uma preocupação enorme não só com a preservação, mas também com o controle das pessoas em locais inapropriados.
Para chegar à Ilha, é preciso preencher um cadastro e comprar a passagem de barco para ida e volta. Recebe-se uma pulseira, e é solicitado que você se mantenha com ela durante toda a estadia, mas depois do terceiro dia todo mundo já retirou a sua.
Meia hora naquelas águas azuis debaixo de sol forte, e chegamos ao trapiche da praia das Encantadas. Nossa pousada ficava a apenas 50 metros dali, o que dispensou os rapazes que cobravam para levar suas malas de carrinho de mão.
E a brincadeira estava só começando...
mais uma trip inesque3cível ao seu lado!! bjos, te amo!
ResponderExcluirPH
mari, cada vez que vc faz posts de viagens, me dá vontade de abandonar esse ar-condicionado nos 18º do trampo e sair por aí com a roupa do corpo. hahahaha
ResponderExcluirmas fique tranqüila...não farei isso.
o corpo revestido de calça social e blusinha corporativa permanecem na cadeira acolchoada, mas a cabeça...ah...essa vai embora...tá subindo no trem agora. :)
adorei a experiência...rs