Meus avós maternos sempre levaram uma vida muito dura. Com 12 filhos pra criar (não é à toa que a vida era difícil), abriram um bar em Monsenhor Paulo, que se tornou a fonte de renda da família. Desde crianças, os filhos ajudavam os pais no bar, enquanto os mais velhos também iam criando os mais novos, sempre sob a rígida disciplina do meu avô Américo.
Lembro que minha mãe costumava falar que, no Natal, eles ganhavam apenas um bombom dos pais. Isso mesmo: um bombom para cada um. E que então não era pra gente reclamar caso quisesse algum presente que eles não pudessem comprar.
Quando minha mãe começou a trabalhar, juntou um de seus primeiros salários, mais uma ajuda de minha tia, e levou meus avós para passar um carnaval no sul do Brasil. Foram até Curitiba, desceram de trem pela serra do mar em um passeio histórico até Paranaguá, e conheceram algumas das principais cidades da região.
Depois da morte de minha avó, descobrimos que ela havia feito um diário durante o passeio, contando com suas palavras todas as impressões que tivera dos restaurantes, praias... Não resisti: digitei todos os textos (respeitando erros de português e linguagem da época), digitalizei as fotos e montei um livrinho, com a ajuda da minha amiga e gerente Andrea, para distribuirmos no Natal lá em Minas.
Foi um sucesso! As pessoas se emocionaram muito. Posso dizer que deu um trabalho absurdo, mas valeu muito a pena resgatar a lembrança da minha avó Filó, que prezava tanto o Natal e a união em família.
O livrinho você vê abaixo:
Que coisa mais rica, Mari!
ResponderExcluirUm beijão!
oi querida!!!
ResponderExcluirQue lindinha vc é.
Muito obrigada por ajudar nesta obra maravilhosa.
Te amo
1000da