Os meios de transporte foram muitos: metrô até o Tietê, ônibus até Curitiba, trem até Morretes, van até Pontal do Sul, barco até a ilha... ufa! Mas deu tudo certo, mais certo impossível. Vamos por partes:
Pontualmente às 08h15, nosso trem partiu. Beatriz Barbosa, mais
Algumas antigas estações (como esta à direita) foram transformadas em cafés, um charme só. Porém, a maioria delas encontra-se em ruínas, prestes a desabar, uma judiação (como esta abaixo). Fica um apelo à ALL (América Latina Logística), empresa que tem a concessão da ferrovia: restaurem essas construções! Aproveitem enquanto ainda há pelo menos as fachadas para que se possa ter uma referência de como foram!
Aos domingos, o trem vai até Paranaguá, com paradas em Marumbi (onde se acampa para escalar o pico de mesmo nome) e Morretes. Nos outros dias, vai somente até Morretes. Pedimos uma orientação sobre o melhor caminho para a Ilha do Mel, e fomos informados de que era melhor descer em Morretes, pegar uma van até Pontal do Sul e, de lá, pegar o barco que em meia hora chegaria à Ilha. Caso optássemos por descer em Paranaguá, pegaríamos o barco direto, que leva duas horas para chegar lá.
Fizemos a primeira opção, e descobrimos depois que foi a melhor, já que o trem demora absurdamente para chegar a Paranaguá e, por lá, não existe paisagem bonita. Por ser uma região portuária, há pouca gente na rua e muito lixo, além do trem parar pra os carros passarem, o que torna o trajeto ainda mais maçante.Em Pontal do Sul, nos deparamos com uma grande placa que dizia: “Limite de pessoas na Ilha do Mel – 5.000. Estamos em 3.100”. Acho importante ter este domínio, porque a Ilha é composta por muita mata fechada, e há uma preocupação enorme não só com a preservação, mas também com o controle das pessoas em locais inapropriados.
Para chegar à Ilha, é preciso preencher um cadastro e comprar a passagem de barco para ida e volta. Recebe-se uma pulseira, e é solicitado que você se mantenha com ela durante toda a estadia, mas depois do terceiro dia todo mundo já retirou a sua.
Meia hora naquelas águas azuis debaixo de sol forte, e chegamos ao trapiche da praia das Encantadas. Nossa pousada ficava a apenas 50 metros dali, o que dispensou os rapazes que cobravam para levar suas malas de carrinho de mão.
E a brincadeira estava só começando...