segunda-feira, abril 23, 2007

Paul van Dyk finalmente no Brasil

PvD e sua parafernalha. Por P.H. Schneider


Depois de freqüentar durante anos festas super bem organizadas como a XXXperience, com direito a amendoins, sofás e cadeira de massagem no backstage, acho que fiquei um pouco chata com relação a eventos.
O alemão Paul van Dyk, considerado durante dois anos consecutivos o melhor DJ do mundo, chegou a marcar apresentações em todo o Brasil no mês passado, mas devido a problemas de pagamento acabou não vindo para nenhuma.
Um tempinho depois, aparece a confirmação de uma apresentação única de PvD... em São Bernardo do Campo. Nada contra a cidade, mas o local escolhido - o Espaço Anchieta - foi o pior possível.
Eram três pistas de dança, incluindo a principal, uma menor e outra que funcionava dentro do espaço considerado "camarote". Acontece que o lugar era pequeno demais para comportar três pistas, e o som se misturava o tempo todo. As caixas de som eram poucas, e dava pra conversar sem muito esforço mesmo estando literalmente "na grade", a poucos metros do DJ.
Paul entrou por volta das 2h30, depois de um long set de electro house ministrado por Edgard Fontes. Encontrou sua mesa de equipamentos totalmente montada, com três sintetizadores e três notebooks. Eu estava só imaginando o que ia sair daquele equipamento todo.
E foi bom, sabe? Acho que a expectativa de ver o melhor do mundo era grande, talvez grande demais, mas mesmo assim ele agradou. Não dá pra negar a versatilidade e o talento do alemão, que realiza uma seqüência musical com altos e baixos e influências de diversas vertentes da música eletrônica.
Melodias típicas do trance, de vez em quando um breakbeat e um pouco de electro house...
Mas quando começava os trechos "panela de pressão", eu pude ratificar que não sou chegada em techno. O que ele toca pode ser chamado de "tech trance", e definitivamente não é o tipo de som que faz minha cabeça.
A "techneira" me fez lembrar dos tempos de adolescente, quando frequentava as baladinhas da Vila Olímpia. O público do show, aliás, também remetia a isto. Bombados e patricinhas desfilavam pelo Espaço Anchieta, fazendo com que eu me sentisse um tanto quanto deslocada.
Paul van Dyk veio, tocou e agradou. Eu gostei da oportunidade, já que a "estrela" não deve voltar tão cedo ao solo tupiniquim. Mark Team Pro, vocês conseguiram, trouxeram o cara. Mas pelamordedeus, o público e o DJ mereciam um pouco mais de respeito.

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