sábado, outubro 10, 2009

Chororô

Locais e situações que me emocionaram em 4 países diferentes, sem ordem cronológica, alfabética ou de grandeza.

Catedral de Notre Dame - Paris
Olhando de fora, ela é essa monstruosidade ao lado. Em estilo gótico, a igreja
foi construída em homenagem à mãe de Jesus - Notre Dame = Nossa Senhora - e me fez lembrar na hora do documentário "O equilibrista", em que Phillipe Petit se aventura atravessando estas duas torres aí (ao vivo parecem ainda mais altas). Mas o que realmente me impressionou foi o interior dela, sombrio e ladeado por enormes vitrais coloridos, contrastando com o fundo escuro. Lágrimas vieram instantaneamente e
compulsivamente. O cheiro e a energia daquele lugar são inexplicáveis, mas acredito que dê para ter uma ideia no vídeo abaixo.



Regina Spektor - Amsterdam
Paradiso é uma casa de shows e balada que ocupa as construções de uma antiga igreja em Amsterdam. Os donos mantiveram toda a estrutura e os vitrais, transformando apenas o altar em um palco que, durante as temporadas, recebe os mais diversos artistas. Tive a sorte de pegar dois shows neste lugar mágico que, por si só, já é um programa interessante; e mais sorte ainda de um deles ter sido o da Regina Spektor. A russa, que além de linda tem uma voz impecável, tocou, cantou, brincou com a platéia, falou besteira e me fez chorar várias vezes, como em "Laughing with" e "Fidelity":



Igreja ao lado da Kaiser-Willhelm-Gedächtniskirche
Esta igreja de nome tipicamente alemão - e impronunciável - é esta aí da foto. Ela foi semi-destruída na Segunda Guerra Mundial, e mantida assim, como uma forma de mostrar as atrocidades de que uma guerra é capaz. Foram celebradas algumas missas no local,
mas por falta de segurança pararam e houve uma reforma que procurou manter a estrutura antiga o mais fielmente possível. Para que se pudesse continuar celebrando missas ali, foi construído ao lado um 'caixote octogonal' (infelizmente não me lembro de ter visto o nome), com vitrais azuis e um jesus dourado que parece flutuar. Aquela atmosfera de dor e resignação, o silêncio, tudo isso me emocionou demais.



Arte de rua - parte II (ou Músico em Veneza)
Com o calor infernal que fazia em Veneza (apesar da brisa, as temperaturas certamente estava em torno de 40ºC), sentamos em frente à igreja Santa
Maria Gloriosa dei Frari, em Veneza, para descansar. Um senhor, aparentando seus 60 anos, tocava alguns clássicos do rock, acompanhado de um instrumento X amarrado ao seu pé. Resolvemos não entrar na igreja - até porque pagava-se 3 euros e dava para ver o interior através de uma janela grande - e ficamos ali, aproveitando a sombra e a boa música. Lembrando da família, já no final da viagem, e repassando tudo o que acontecera nos quase 30 dias anteriores, não contive a emoção mais uma vez.

Porque tem horas que a gente não consegue (nem precisa) se conter.

Fotos: Paulo Henrique Schneider

Um comentário:

  1. Anônimo9:52 AM

    Mix de sensações né?
    Lindo, Mari.
    Beijos,

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