Primeiro que as roupas do Brasil não foram feitas pra aguentar a temperatura de lá. Por isso, na primeira semana, tive que comprar botas novas, casacos, e a principal aquisição da viagem (e olha que rolou aquisição nessa viagem!): um protetor de ouvido. Foi o que me permitiu fazer passeios externos sem ficar resfriada.
E, ainda que estivesse só com os olhos de fora e teoricamente aquecida, qualquer retirada da luva pra mexer no celular ou tirar uma foto era sinônimo de dedos roxos e dormência nas mãos. Muitas vezes, tive que me esforçar pra caminhar contra o vento (que devia dar uma sensação térmica de uns -15, sem brincadeira).
E é engraçado como a gente que vem do ~país tropical~ sofre muito. Ouvia o pessoal no Brasil falando que o tempo estava um inferno, em quase 40 graus, e só conseguia pensar em quando iria sair na rua de vestido e chinelo. Estranho ficar um tempo sem ter contato com sua própria pele, sempre coberta por meias-calças e blusas "segunda-pele". E o quanto era desconfortável experimentar roupas nas lojas?
Os dias estavam lindos, sempre ensolarados, mas era só sair com o nariz pra fora de casa pra perceber que não ia ser fácil. Cheguei a participar de uma Thanksgiving Parade (ainda vou escrever sobre isso), e fiquei chocada com a quantidade de crianças roxinhas e tremendo de frio. E olha que o frio mesmo ainda estava por vir - peguei o final do outono, e o invernão rigoroso começou logo depois que fui embora.
Plantinha não curtiu isso. |
E ainda voltei pensando que, se tivesse ido no verão, talvez não quisesse voltar mais.
Essa é a cara do sofrimento :) |
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