Antes de dirigir "Babel", o mexicano Alejandro González Iñarritu causou polêmica com "Amores Brutos" e "21 gramas", filmes que tratam de questões reais, atuais e, por conseqüência, dramáticas. Eu não assisti a nenhum dos dois (vergonha).
Quando "Babel" foi lançado no Brasil, na Mostra de Cinema, eu não fui vê-lo (vergonha). Mas prometi a mim mesma que iria assisti-lo no cinema assim que estreasse.
Feit0. O filme estreou e, já no primeiro final de semana, assisti. Olha, eu devia ir mais ao cinema. O filme é sensacional, em todos os aspectos.
O nome "Babel" se deve às falhas de comunicação entre os países, e como isso afeta as relações humanas. Marrocos, Estados Unidos, México e Japão se unem por um só acontecimento.
Uma criança marroquina, ao brincar com um rifle, acaba acertando uma turista americana (Cate Blanchett), que viajava com o marido (Brad Pitt) para superar o trauma de um filho que morreu.
Enquanto isso, a babá Amelia (Adriana Barraza, que concorre ao Oscar de melhor atriz coadjuvante) cuida dos dois filhos do casal, e pensa numa forma de não faltar ao casamento de seu filho, no México.
No Japão, uma adolescente surda-muda tem problemas de relacionamento com o pai (o dono do rifle que atingiu a turista americana) e encara as mudanças de seu corpo e sua mente.
Estes fatos que ligam as diferentes histórias mostram como o mundo "globalizado" ainda sofre com os problemas de comunicação.
As atuações estão perfeitas, a trilha sonora (étnica) é muito especial, a fotografia, sobrepondo diferentes contextos e paisagens dos países, é incrível. Mas principalmente, gostei da forma com que o roteiro foi montado, com colagens de cenas que me lembrou o Eisenstein (cineasta soviético de mili anos atrás que inseriu a colagem de cenas como forma de transmitir metáforas).
Enfim, um filme que vale a pena. Indicado ao Oscar de melhor filme, melhor roteiro original, duas atrizes coadjuvantes, trilha sonora e acho que só. Ir mais ao cinema já está na lista das mudanças comportamentais de 2007! ;)
E é só o começo.
Maravilhoso o filme né? E a montagem ficou realmente de tirar o fôlego, com as várias histórias se alternando no tempo exato. As cenas do casamento no méxico foram minhas prediletas! Os caras tiveram um cuidado incomum na edição, meudeus!
ResponderExcluirE sim, ir ao cinema é uma delícia! Bom, os dois podem contar com minha companhia quando quiserem. É o tipo de programa que eu não consigo dizer não! hehehehe