segunda-feira, junho 23, 2014

#21: Pôr do sol na Torre Eiffel

Durante os 5 dias que passamos em Paris, vivemos uma série de situações que poderiam vir parar aqui, neste registro de experiências. Fizemos o passeio de barco pelo rio Sena, conhecemos o Jardim de Luxemburgo, entre tantas outras novidades que dariam o que contar.

Acontece que existe um certo critério pra classificar estas experiências: tem que ser algo de fato especial, que traga alguma sensação diferente, enfim, algo que mexa comigo de alguma forma. Muitas vezes, não precisa acontecer nada muito extraordinário pra que a gente se sinta assim. E, dos mais diversos momentos em Paris, o mais especial e marcante deles certamente foi assistir ao pôr do sol com meus pais, ao pé da Torre Eiffel.

Havíamos passado o dia todo em Versailles, e resolvemos apreciar o fim do dia na torre. Eram 21h e o céu estava aberto.


Sentamos no gramado em frente à torre, junto com muitas outras pessoas de diversas nacionalidades. Ambulantes vendiam vinho, cerveja e champagne, e achamos por bem comprar uma garrafa de vinho tinto pra ajudar a esquentar. 28 euros, era o que o camarada queria nos cobrar. Negociações depois, fechamos em 6 euros.


Tomamos aquela garrafa de vinho em três, dando risada e papeando sobre a vida. Minha mãe se arriscou a falar inglês e depois quis brincar de dizer “obrigada” em idiomas diferentes a cada ambulante que passasse oferecendo bebidas. “GRAAAZIE!”, gritou ela na sequência, assustando o ambulante e matando a gente de rir.

Com a torre no reflexo do óculos :)
O dia caía e o céu começava a escurecer. Os aviões que passavam deixavam rastros lindos no céu que, com o finalzinho de sol batendo, geravam um efeito muito bonito.


Nos empolgamos a tirar fotos da silhueta da torre, que parece ter um poder hipnótico que faz com que a gente não consiga parar de olhar pra ela. Aos poucos, as primeiras luzes começaram a se acender. Meus pais ficaram animados: “como pode, ela está ficando ainda mais bonita!”


Mal sabiam eles que, dali a pouco (pontualmente às 22h), ela começaria a piscar, brilhante, aí sim gerando gritos felizes de pessoas encantadas.


Inclusive a gente, é claro :)

Como não amar?

#20: Conhecer o Château de Versailles

O dia nasceu lindo e azul, como todos os que, por sorte, pegamos em Paris. Era dia de ir ao Château de Versailles, que por falta de tempo não tinha tido a oportunidade de conhecer quando estive na França pela primeira vez.

Para ir pra lá, é necessário pegar um trem que leva às cidades vizinhas. Ali, já percebemos a quantidade de gente que viajaria a caminho do palácio. O trem custa pouco mais de 3 euros e leva cerca de meia hora até a estação de Versailles. De lá, ainda é necessário caminhar uns 10 minutos pela cidade (que é uma graça) até a chegada ao suntuoso portão dourado.

Um pouco da gracinha que é Versailles.
A entrada.
 Logo na entrada, vimos as longas filas que se formavam para a visita. Por sorte, logo de cara encontramos um guia português que nos aconselhou a não tentar entrar no palácio àquela hora. “Visitem primeiro os jardins e voltem após as 14h. Agora, vocês vão pegar de 2 a 3 horas de fila; mais tarde, meia hora no máximo”.

Essa era a muvuca que aguardava na fila.
E foi o que fizemos. Seguimos por aqueles jardins super bem cuidados, passeando pelos arbustos e por aqueles paredões de árvores até chegar à fonte de Netuno.

Plantação de coxinha.
E de corações.
:)
Fonte de Netuno
Para ir aos antigos palácios de Maria Antonieta, o ideal é pegar um trenzinho - já que a pé são cerca de 30 minutos. Neste passeio de trem, é possível visitar o Petit Trianon (oferecido a Maria Antonieta) e o Grand Trianon (antiga residência de lazer de Louis XIV), ambos maravilhosos em mármore, com seus respectivos jardins igualmente bem cuidados.
Maria Antonieta, protegida por um fosso de margaridas :)
Grand Trianon
E ainda faltava o tão famoso Château de Versailles, ponto final de nosso passeio por ali. O português estava certo: a fila estava bem menor e, em menos de 30 minutos lá estávamos nós, adentrando o palácio.


Diferente do Palácio Real de Madri, pelo qual fiquei apaixonada mas não era possível fotografar, em Versailles se pode clicar tudo: tetos decorados, salões, lustres… é difícil se controlar pra não tirar fotos de absolutamente todos os detalhes (os japoneses de um grupo grande que estava ao nosso lado não se controlavam não rs), já que é tudo tão lindo.

Capela do palácio
Capela do palácio
O lugar é gigantesco e dentro dele há toda uma estrutura que atendia à família real: uma igreja própria, galerias de arte, salões de festas… Um lugar mais incrível que o outro. É admirável o cuidado em preservar os móveis e estrutura da época, em continuar contando uma história através deste que foi uma importante sede do governo francês.

Terminamos o passeio na famosa sala dos espelhos que, apesar de muito cheia, consegue emocionar quem passa por lá.

Sala dos Espelhos
A verdade é que tudo estava muito cheio e havia filas enormes nos banheiros, barracas de comida e no trenzinho. Às vezes, dava a impressão de que eles não estão muito preparados pra receber aquele monte de gente, pois são poucos banheiros e poucos lugares pra comer. É que é muita gente, gente. Mas isso não tira em nada o encanto do lugar.


Saímos no horário em que o castelo fecha - 18h - e obviamente a estação de trem estava lotada. Quase uma hora depois, pegamos o trem de volta pra Paris, cansados, empoeirados e acima de tudo encantados com tanta beleza.

segunda-feira, junho 09, 2014

#19: Guiar meus pais em uma viagem internacional

No final do ano passado, em uma conversa com meus pais, falamos sobre viagens e lugares que gostaríamos de conhecer. O grande sonho da minha mãe era ir pra Itália, de onde vieram meus bisavós, o que ela conseguiu realizar em 2009 com um grupo de brasileiros. “Mas ainda falta Paris!”

Já para o meu pai, super fã de rock, o grande sonho era conhecer Londres, “de onde vieram quase todos os caras que eu admiro na música”.

O fato é que, mesmo com o objetivo de conhecer vários lugares, o problema era o idioma: eles não falam inglês, nem espanhol, e sempre tiveram receio de se jogar em alguma viagem sem alguém pra guiá-los.

Foi quando fiz a proposta: vocês pagam minha passagem e eu guio vocês. E fico responsável por fechar tudo: passeios, hospedagens, passagens... Toparam :)

Na mesma hora, começamos a fazer algumas pesquisas. A viagem começaria por Paris…

No pé da torre...
No alto da torre...
De dia e de noite :)
Passaríamos um dia todo em Versailles, conhecendo o palácio.


De Paris, iríamos de trem pra Londres (eles não sabiam, mas havia combinado com meu irmão e ele foi de Los Angeles pra lá encontrar com a gente, de surpresa).

:)
Hyde Park
Catedral de Saint Paul
Abadia de Westminster
Descobri que daria pra fazer um bate-e-volta de Londres para Liverpool e que havia uma série de roteiros relacionados à história dos Beatles. Adoramos a ideia!

Em frente à escola em que os Beatles se conheceram.
Ainda tínhamos mais alguns dias e decidimos ir pra Edimburgo. Nos pareceu bacana conhecer a Escócia, e a cidade, pelas fotos, era linda. A viagem de trem para Edimburgo aconteceria bem no dia do aniversário da minha mãe, o que a tornou ainda mais especial e bonita. Em Edimburgo, ficaríamos por mais 4 dias.

Ah, a Escócia!
Ao longo destes 15 dias de viagem, voltamos a conviver intensamente como há tempos não fazíamos. Tivemos a oportunidade de conhecer estes lugares incríveis enquanto voltávamos a nos conhecer melhor.

Posso dizer que sim, foi bastante cansativo. É que tudo tem muito mais peso quando se está responsável por outra pessoa, imagina então ficar responsável pelos seus pais!

Mas valeu muito a pena. A felicidade deles a cada novo lugar por onde passávamos, a sorte que demos com o clima, com os hoteis e passeios... no fim das contas, deu tudo muito certo.

Um monte de novas experiências aconteceram nestes três países. Prometo contar uma a uma por aqui :)