segunda-feira, janeiro 13, 2014

#14: Conhecer o maior restaurante giratório do mundo

A Cidade do México, assim como vários lugares do mundo, também tem um World Trade Center. É um dos prédios mais altos da cidade e mais parece um caixote com um cilindro em cima.


Este cilindro, em seu topo, é o Bellini, um restaurante giratório. Isso mesmo. Ele é todo de vidro e, de lá, se pode ver quase toda a cidade. Era meu último dia ali, e meu irmão resolveu me levar pra realizar a última experiência da viagem.


Posso dizer que foi bastante interessante. :)

Confesso que nem imaginava que existisse um restaurante giratório e, quando soube, fiquei pensando se o fato de o chão se mover daria um pouco de aflição, mas não. Ele gira muito suavemente, e quando você se dá conta, já apareceu uma paisagem diferente na sua frente e o lustre que estava de um lado já foi parar lá do outro lado, sem você perceber.


Pedi um carré de cordeiro com geleia de menta e batatas. SEN-SA-CI-O-NAL. E, enquanto saboreava, ia acompanhando a paisagem mudar, devagar. E apareceram as montanhas que ladeiam a cidade, e meu irmão foi me mostrando as avenidas por onde havíamos passado... Acho que não tinha uma forma melhor de terminar a viagem.


O Bellini aparece no Guinness Book como o maior restaurante giratório do mundo - tem mais de 1.000m². E eu, que quase não gosto de comer bem, não podia perder essa oportunidade :)

domingo, janeiro 12, 2014

#12: Conhecer um vulcão desativado e #13: ver a neve pela primeira vez

Minha passagem pelo México foi breve. Foram 5 dias, dos quais tive apenas 1 de folga. E não podia deixar de aproveitá-lo da melhor maneira! Então, neste dia, meu irmão me levou para conhecer um dos lugares mais lindos em que já estive: o Nevado de Toluca.


Toluca é uma das principais cidades do país e fica a cerca de 80km da Cidade do México. O Nevado é um vulcão desativado que, nesta época do ano, fica coberto de neve em algumas partes. Era a oportunidade de viver uma experiência dupla: conhecer um vulcão e ver a neve pela primeira vez. Porque uma coisa é patinar no gelo; outra, é brincar com a neve e pegá-la na mão. :)

Como a cidade tem sempre muito trânsito, saímos às 6h30 e pegamos o dia nascendo. O céu estava azul royal e o sol nascia bem naquela hora. Foram quase 2 horas de viagem, com muita subida no final, e chegamos ao topo de uma montanha, onde deixamos o carro para terminar o trajeto a pé.


Pela primeira vez, entendi o que os jogadores de futebol sentem quando jogam na altitude. É realmente muito difícil viver naquele lugar! São 4.500 metros acima do nível do mar, e já nos primeiros passos percebi o quanto seria sofrido caminhar por ali. O nível de oxigênio é baixo e logo começa a faltar o ar, chegando a dar dor no peito. Inclusive, deu uma certa aflição em ver alguns atletas treinando na estradinha que levava ao vulcão.

Alguns minutos de caminhada na subida, e chegamos a ele. Lindo, enorme, e com uma lagoa de cada lado: a do sol e a da lua, ambas esverdeadas e muito bonitas.

Vale a pena ampliar :)
O lugar estava totalmente vazio, o que nos permitiu curtir o silêncio, ouvindo nossa própria respiração (que a propósito estava bastante forte). Paramos na lagoa do sol pra nos refrescarmos, e seguimos a subida até o ponto mais alto, em busca da neve.


A caminhada foi se tornando cada vez mais difícil e o sol brilhava forte, mas isso não nos impediu de continuar subindo até que chegamos ao ponto mais alto da montanha. Ali, a neblina estava densa e a temperatura foi caindo mais e mais. Nem parecia o mesmo lugar que encontramos lá embaixo, onde pudemos tirar os casacos e curtir o sol quente.

Foi quando, buscando entre as pedras, achamos um ponto em que havia uma quantidade considerável de neve! O frio aumentava mais e mais, mas isso não importava naquela hora… Raspamos a neve e ficamos fazendo bolinhas, jogando nas pedras pra vê-las explodindo como crianças felizes.


Sentamos em uma pedra, entre os montes de neve, e ficamos abraçados um bom tempo, sem ouvir qualquer barulho, admirando a vista incrível, absorvendo aquela energia e agradecendo a oportunidade de ter um lugar daqueles só pra gente, mesmo que por algumas horas.