sexta-feira, janeiro 15, 2010

Sentaram na areia da praia, ainda fria e úmida naquela manhã, a olhar o mar. Aquela imensidão, de certa forma, os aproximava de Deus. “Como pode ser tão grandioso?” ela pensava, enquanto lágrimas rolavam pelo seu rosto. Não precisavam falar nada: sua ligação era forte o suficiente para que ambos soubessem o que se passava e começassem a se preparar para como seriam as coisas dali pra frente. Nenhum dos dois conseguia entender o porquê, mas de certa forma tinham maturidade suficiente para respirar fundo e não perecer diante daquela situação tão difícil. Ambos a olhar o mar, como se este simbolizasse a imensidão e o mistério do futuro que os esperava.

Então, ela levantou-se e saiu caminhando. O sol começava a nascer e sua silhueta ficava marcada pelos primeiros raios do dia. Ele manteve-se ali, a admirar seu futuro, lágrimas brotando sem controle, enquanto ela partia sem saber pra onde. No coração de cada um, o carinho e respeito se mantinham vivos, como algo que já morasse ali tempo suficiente e com força o bastante para ser eterno. “Que seja eterno”, suspiraram.

O que esperava por eles? Ninguém saberia.