terça-feira, maio 27, 2008

Overdose gastronômica

Menu do feriado (aconselho não ler se estiver com fome):
Quarta-feira
Paprika de filet para comemorar o aniversário da mamis. Filet mignon grelhado com molho paprika e knödel. No Jucalemão: Rua Nhu-Guaçú, 303 - Aeroporto - Tel: 5531-4747

Quinta-feira
Sobremesa com dois maravilhosos doces (trufa E mousse, sim, acreditem!) na Bella Paulista. É bem difícil que alguém não conheça. Rua Haddock Lobo, 354 - Centro - Tel: 3214-3347

Sexta-feira
A boa e velha pizza, prato comum às sextas-feiras, com borda recheada de catupiry. Com direito a brigadeiro autoral de sobremesa. Na pizzaria mais próxima da sua casa :)

Sábado
No almoço, camarão ao catupiry na moranga (esse é da mamis, qualquer hora passo a receita). No jantar, uma visita ao Tortula para comemorar o aniversário do PH apreciando porções de bolinho de mandioca, o d-e-l-i-c-i-o-s-o sanduíche Oslo (salmão defumado, cream cheese, alface roxa, limão e pimenta do reino na ciabatta) e, como não poderia deixar de ser, o melhor mousse de chocolate da cidade. Av. Santo Amaro, 4371, esquina com R. Bernardino de Campos - Brooklin. Tel: 5041-6680

Domingo
Pernil de carneiro com batatas e brócolis na Cantina Montecchiaro. Dá pra cortar a carne com colher, de tão macia, e serve 3 pessoas com muita fome. Rua Santo Antônio, 844 - Bexiga - ao lado da 13 de maio. Tel.: (11) 3257-4032

Peço desculpas públicas ao meu aparelho digestivo por tamanha gula :P

sexta-feira, maio 23, 2008

Teatro

Para assistir durante a semana...

Todas as quintas-feiras, no teatro Bibi Ferreira, está em cartaz a peça "Intimidades.com", monólogo humorístico com o ator baiano Renato Piaba. Piaba fez uma pesquisa na internet com homens e mulheres, buscando informações sobre as intimidades de cada um, e descobriu coisas interessantes, como os tipos de beijo que os homens gostam, ou a forma com que as mulheres se comunicam secretamente com os olhares....

Tudo isso é mostrado na peça de uma forma engraçadíssima, com o ator interagindo com o público (tirando onda com absolutamente todas as pessoas) e com uma tela de plasma, em que dois repórteres se alternam fazendo perguntas. Pra dar muita risada com coisas bobas, é uma boa pedida.

Intimidades.com
Teatro Bibi Ferreira
Todas as quintas às 21h - até 31 de julho
Av. Brigadeiro Luis Antônio, 931 - Bela Vista
Tel: (11) 3105-3129

§§

Para assistir aos finais de semana...

Quem gosta de teatro já ouviu falar na Oficina dos Menestréis. Mesmo que não tenha assistido nada, já leu por aí a respeito dos musicais que eles promovem. A Oficina é, na verdade, um curso de teatro, dividido em grupos (há cursos para cadeirantes, pessoas da terceira idade, jovens, etc). Ao final do curso, os alunos apresentam um dos musicais do grupo (conheça os musicais aqui).

Até o dia 1º de junho, está em cartaz o musical "Friks". Com um elenco numeroso (e muito entrosado, diga-se de passagem), a peça fala de emoções humanas. Seja o dia-a-dia estressante no trabalho, um momento de depressão, ou a emoção de uma partida do seu time. Com uma talentosa banda ao vivo, o espetáculo realmente mexe com os sentimentos. Ah sim, e o caipirinha apaixonado é meu amigo Fabrício Teixeira, que estréia como ator em grande estilo. :)

Friks
Teatro Dias Gomes
Rua: Domingos de Moraes, 348
Sábados, às 21h; domingos, às 20h
Tel: (11) 5575-7472

terça-feira, maio 20, 2008

Mês do jumento

Porque tem épocas em que a gente se sente feito o jumento dos Saltimbancos.

O pão, a farinha, feijão, carne seca
Quem é que carrega?
Hi-ho

O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
Quem é que carrega?
Hi-ho

O pão, a farinha, feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
A areia, o cimento, o tijolo, a pedreira
Quem é que carrega?
Hi-ho

A jumenta está carregando os pães, limões e areias de muita gente.

Mas quando a carcaça ameaça rachar
Que coices
Que coices
Que coices que dá.

Antes de sair dando coice, tente acreditar: TODO ESFORÇO SERÁ RECOMPENSADO.

Não estou pregando nada, gente, não é auto-ajuda. É pra mim mesma isso.

quinta-feira, maio 15, 2008

Dica

Mesmo nestes dias de friozinho gostoso, quando você reluta pra sair da cama e pega a primeira blusinha-velha-quente-de-manga-comprida pra colocar por baixo das trocentas blusas de lã e jaquetas que você vai vestir, pense bem.

O tempo pode virar totalmente e você vai passar o dia suando feito uma porca. Ou, se conforto for uma prioridade na sua vida, você vai passar o dia desfilando por aí com uma blusa horrenda, talvez manchada, quem sabe até furada, veja só!

A situação pode se complicar ainda mais se o seu chefe te chamar para uma reunião de última hora. Neste caso, o conforto vai ser deixado de lado, você vai colocar a blusa de lã por cima e torcer para o seu novo cliente ter uma sala de reunião com ar-condicionado, e ainda: torcer para que o ar esteja ligado em temperatura glacial.

Um dia eu aprendo.

segunda-feira, maio 12, 2008

Pari(mos) um novo filho

Revista Company 25 anos no formato NeoReader

Se você já precisou fazer um trabalho acadêmico, provavelmente passou pela situação de encontrar várias publicações na internet, mas não saber ao certo qual a sua procedência. Dá um medinho de fazer citações a autores-fantasma, ou de ler uma grande bobagem bem escrita que engana qualquer um, menos o professor que vai avaliar o seu trabalho.

Se você já precisou apresentar algum texto ou portfólio a alguém, pode ser que tenha encontrado dificuldades em enviar arquivos muito pesados por email. Ah! Pode ser também que você tenha escrito um livro, um conto, poemas ou até um gibi, mas nunca tenha tido um espaço para mostrar este material para as pessoas.

Foi pensando nisso que a Neotix criou o NeoReader, um portal para publicação e compartilhamento de arquivos. Para se cadastrar é muito simples: basta inserir seu nome e e-mail, e começar a publicar. As pessoas cadastradas podem personalizar a página inicial, nomeando as caixinhas conforme os assuntos de seu interesse. Assim, ela é avisada sobre novas publicações com o assunto desejado.

A versão beta do portal entrou no ar na semana passada, e já conta com centenas de publicações. Esta blogueira que vos fala foi a responsável por todos os textos do site, e aproveitou para criar também um novo blog. Lá, eu falo sobre dicas de uso e conto todas as novidades sobre o projeto!

sexta-feira, maio 09, 2008

Bernardo e sua musa

Bernardo tem 19 anos. Parece menos, quando se olha pra ele. Parece mais, quando se começa a conversar. Acostumado a ajudar em casa desde pequeno, tem uma maturidade incomum aos garotos de sua idade.

É um menino romântico. Pouco se importa com as atrizes pornôs que seus colegas cismam em mostrar a ele. Porque ele quer um amor de verdade. Apesar da pouca idade, ele prefere escolher uma só menina e se dedicar a ela.

Foi assim no amor platônico que nutriu pela filha de seu chefe. Conheceram-se na internet, e mesmo sabendo do abismo que havia entre eles, e do risco de perder o emprego, ele insistiu. E ela dava bola, do tipo que sabe que é bonita. Mas eram muitas as diferenças, e a qualquer momento o chefe poderia descobrir e acabar com a vida dele. Não deu certo.

E foi na estação de metrô que ele nomeou sua nova musa. A menina aparentava ter a mesma idade dele. Linda, cabelos castanhos caídos nos ombros, olhos verdes. Cruzaram-se alguns dias, ele a caminho do curso, ela provavelmente a caminho da faculdade, porque levava sempre muitos livros, e ele tinha vontade de pedir pra ajudar a carregá-los.

Passadas duas semanas, depois de se cruzarem diversas vezes na mesma estação, Bernardo teve uma idéia: havia trocado de celular naquela semana e, na ocasião, portava o novo e o antigo. Resolveu entregar a ela o antigo, com a desculpa de que ligaria mais tarde para conversarem. Tomou coragem e foi até a garota que, sem falar nada, pegou o celular e seguiu seu caminho.

Um pouco aliviado por ter feito tudo conforme o planejado, mas ainda sem saber o que na verdade a menina tinha achado, Bernardo desceu em sua estação e foi para a fila do ônibus. Pegou o celular novo nas mãos, estudando a melhor abordagem, a hora certa de ligar... Iria propor um almoço? Um cinema? Não sabia ao certo.

Foi quando uma nuvem pairou sobre a sua cabeça. Como naqueles desenhos, em que você anda e a nuvenzinha acompanha, e todo o restante está ensolarado e só você está nublado e os pensamentos se misturam e sua visão fica embaçada...

Naquela hora ele se lembrou que NÃO HAVIA LIGADO O CELULAR!

Ou seja, se houvesse alguma possibilidade de a menina querer falar com ele, ela não conseguiria, porque o celular exigiria uma senha para ser habilitado e, obviamente, ela não sabia esta senha! E, pra completar, com o final de seu curso ele não poderia mais sair naquele horário em que se cruzavam.

Sentiu-se um completo idiota. Como poderia ter esquecido esse detalhe tão importante? Pensara em tudo, a forma de falar, a roupa que estava vestindo, a abordagem... Mas esquecera do principal.

Perdera a garota e o celular.

quinta-feira, maio 08, 2008

Fordunço cultural

Eu era uma das espremidas aí no meio.

Eram muitos os locais em que iriam acontecer as apresentações da Virada Cultural, por isso optei pela região central, pois os principais shows seriam por lá. Vários palcos, cada um com um tema, traziam artistas de todo tipo e todo Brasil.

No primeiro horário, precisava escolher: Mariana Aydar ou Dona Inah? Confesso que a primeira faz mais o meu tipo, mas, como paramos perto do Largo de Santa Efigênia, acabei assistindo à apresentação da sambista, convidada da comunidade Samba da Vela. Como estava no início do evento, a pista ainda estava vazia, o que me permitiu sambar e cantar horrores... Adorei.

Eram mais de 19h quando deixei o Palco dos Bambas, em direção ao Pateo do Colégio. Talvez desse tempo de pegar alguma coisa do Mundo Livre S/A, não fosse a pouca noção do centro que tinha, somada à falta de orientação dos policiais que tentaram me auxiliar. Resultado: cheguei ao palco Bandas Independentes na contramão de centenas de pessoas, que deixavam o show. Mas peguei o Vanguart, grupo folk de Cuiabá, que estava animadíssimo e demonstrou muita qualidade musical.

Terminado o Vanguart, passei pela pista de reggae, onde o rastafári Sine Calmon começava sua apresentação. Centenas de regueiros se amontoavam para ver o músico, que já foi muito criticado por sua postura religiosa em relação à música. Arrumei um lugar bacana na lateral, e vi o show inteiro.

Depois disso, corri para tentar pegar alguma coisa do show da Gal, que acontecia no palco São João. Que sorte! Consegui escutar as duas últimas músicas, e senti que talvez não precisasse ter ouvido mais que isso. Foi lindo participar de um coro de milhares de pessoas cantando “Trem das Onze”, e do final emocionante com “Sampa”.

Daí, era escolher: assistir Marina De La Riva na Rio Branco, enfrentar uma fila para tentar assistir Sá, Rodrix e Guarabyra, ou ficar por lá mesmo e aguardar o Zé Ramalho. Como muitas pessoas saíam do local, preferi ficar por lá mesmo, e me posicionei perto do palco. Mal sabia eu que, em poucos minutos, o lugar se transformaria num inferno.

Se não foi o momento mais claustrofóbico da minha vida, foi um dos três mais. Faltando meia hora para o show, muitas e muitas pessoas queriam se aproximar do palco, causando um empurra-empurra que me fez sentir como uma porta giratória de banco. Está rindo? É porque você não sabe o que eu passei. De rasteirinha ainda, meu Deus! Será que eu não aprendo nunca?

Muitos pisões e empurrões depois, decidi sair dali. Caminhei muito lentamente, até que cheguei a um local em que pelo menos dava pra respirar com tranqüilidade. Ou melhor, mais ou menos, porque era próximo aos banheiros químicos e, por mais que se quisesse respirar, o odor não era dos melhores.

Enfim, assisti (ops, escutei) ao show do Zé Ramalho de lá mesmo, assustada com os moradores de rua que escalavam os banheiros químicos e quase os derrubavam. Medo, muito medo. Tanto que sequer cogitei esperar os Mutantes às 3h da matina, e fui embora assim que Zé Ramalho finalizou.

No domingão, mesmo com várias opções bacanésimas para assistir (não queria ter perdido Cachorro Grande e Arnaldo Antunes, buá), não tive ânimo pra voltar pro centro. A noite anterior fora extremamente desgastante. Preferi sentar no Bar do Peixe com as amigas e apreciar patinhas de camarão e porções de cação regadas a uma cerveja bem gelada. Juro que não me arrependi.

(Foto: Marcus Desimoni - Uol)

terça-feira, maio 06, 2008

Quase duas semanas depois...

Os leitores mais assíduos devem estar se perguntando: mas que diabos aconteceu com essa menina? É, eu realmente fiquei um bom tempo sem postar, mas espero que vocês não tenham desistido de mim hehe.

Fiquei devendo um retorno sobre o final de semana mais cultural de todos os tempos, certo? Pois, de início, saibam que eu não consegui fazer tudo o que queria. Acabou não sendo o final de semana mais cultural de todos os tempos. Hunf.

Bom, comecemos pela sexta-feira:

Estivemos no Sky Live Multimídia, um evento patrocinado pela TV por assinatura Sky que tinha como objetivo mostrar diversas formas de interação entre música e imagem. Por isso, o Espaço das Américas foi equipado com diversas instalações, como um totem que mesclava imagens de celebridades e partes do corpo de pessoas que se deixavam filmar; um lounge (foto), em que se podia interagir com as projeções que desciam nos tecidos; e a oficina de VJ, onde pessoas aprendiam os princípios de um software de mixagem de imagens.

As atrações musicais foram o coletivo Embolex, formado por 5 integrantes (entre produtores musicais e VJs) e que contou com a participação do MC Gaspar. Não se pode negar a qualidade musical do grupo, mas confesso que não me surpreendeu. Eu sabia que o melhor ainda estava por vir.

Em seguida, tocou durante apenas meia hora o brasileiro Nepz, que despertou diferentes sensações ao mixar batidas do hip hop e elementos do jazz, além, é claro, da fusão entre imagem e som.

Pontualmente às 23h30, conforme o line-up, os britânicos do Addictive TV (que eu já tinha visto no Skol Beats do ano passado e foi fantástico) subiram ao palco. Macaquinhos levantavam placas no telão, dizendo: "Olá, São Paulo! Somos o Addictive TV", e os poucos presentes se animaram ainda mais. Poucos mesmo.

Apesar de o som ter falhado algumas vezes (para indignação de Graham Daniels e Nick Clark), a apresentação fez bastante sucesso entre os presentes, com mixagens de filmes como "O Gordo e o Magro" e "Cães de Aluguel", além de clipes do Queen e imagens de Vinícius de Moraes. Tudo isso regado a muita batida eletrônica. Não é à toa que são considerados os mestres na modalidade DVJ (disco and video jockey).

(Foto: Paulo Henrique Schneider. Mais aqui)