quarta-feira, dezembro 26, 2007

Os 10 melhores shows de 2007

10º lugar: The Egg
Único show que fui e sobre o qual não escrevi a respeito este ano. Foi no 1200 Festival que escutei pela primeira vez o The Egg, grupo londrino que mistura elementos eletrônicos e batidas pop. Com “Walking Away”, que recebeu um remix bacana de David Guetta, o The Egg ficou conhecido mundialmente, mas é uma pena que seu último CD, “Forwards”, de 2005, não tenha tido o reconhecimento merecido. Destaque para as faixas “Say you will” e “She’s terrific”. Melhor apresentação do festival.

9º lugar: Língua de Trapo e Premeditando o Breque
A apresentação dos dois grupos na Virada Cultural deste ano, em pleno Boulevard São Bento, com meu pai a tiracolo – ídolo – foi simplesmente o máximo. Lembrei-me de quando era pequena, e ficava sentadinha com o encarte enorme do vinil nas mãos, acompanhando as letras das músicas enquanto meu pai escutava. Pontos altos: Wandi chamando meu pai no microfone, pra mostrar o álbum que levava nas mãos, e os autógrafos que conseguimos pegar depois – de todos os integrantes.

8º lugar: Céu
Esta paulistana, que além de linda tem uma voz peculiar e um jeitinho único, conquistou o oitavo lugar no ranking deste ano. Conhecia um pouco de seu trabalho, mas fiquei surpresa ao vê-la pessoalmente. Destaque para “O ronco da cuíca” e “Valsa Para Biu Roque”.

7º lugar: The Killers
Mesmo tendo acontecido de uma forma cansativa – começando às 4 da matina de segunda-feira, e depois de mais de 10 horas de maratona de shows – não há como negar a qualidade musical dos integrantes do The Killers. Brandon Flowers tem uma voz linda, que por vezes lembra até o Freddie Mercury (não me batam). Apesar da demora na montagem do palco, a banda agradou e muito, principalmente com sucessos como “Smile Like You Mean It” e “Sam’s Town”.

6º lugar: Yamandú Costa e Dominguinhos
A dupla que veio de extremos opostos do Brasil ficou com a sexta posição da lista. Yamandú ao violão, Dominguinhos na sanfona. Harmonia inesperada. Qualidade impecável. Em determinado momento, Yamandú canta “Negrinho do Pastoreio”, e Dominguinhos responde com “Forró no Escuro”. Lindo, lindo.

5º lugar: LCD Soundsystem
A festinha privê que James Murphy e sua banda proporcionaram para os poucos presentes no Via Funchal, em novembro, foi o máximo. Pista deliciosa, disco-punk em seu melhor exemplo, finalização apoteótica com “New York, I Love You, But You’re Bringing Me Down”.

4º lugar: Scorpions
Nem a lotação claustrofóbica do Credicard Hall, nem o atraso de mais de meia hora, retiraram o posto dos Scorpions de quarto melhor show do ano. Mesmo com a idade avançada, os tiozinhos mostraram que ainda estão em plena forma, e arrebentaram com uma mistura de clássicos (“Hurricane 2001”, “Wind of Change” e outras) e sons do álbum novo, “Humanity Hour 1”.


3º lugar: Bjork
A inconfundível “esquimó” realizou um show lindo no último Tim Festival, e conquistou o terceiro lugar na minha lista. Mostrou uma potência vocal incrível (pra quem gosta do seu timbre estridente), estava acompanhada por instrumentos clássicos de sopro e ultramodernos, como o audio pad, além de um grupo de meninas instrumentistas islandesas. Efeitos visuais, cenários, tudo perfeito. Finalização com “Declare Independence” e chuva de papéis. Incrível!


2º lugar: Placebo
Sou suspeita para falar do Placebo, porque gosto muito. Neste ano, o baterista Steve Hewitt deixou o trio, uma baixa triste, mas parece que todos estão bem, não houve uma briga, somente vontade de seguir outros caminhos. Enfim, só sei que (EBA!) tive a oportunidade de vê-los ainda completos, em abril deste ano. Brian Molko, como sempre, provou que a vida junkie ainda não fez efeitos sobre sua voz, e o show foi o máximo, com músicas do álbum mais recente, “Meds”.

1º lugar: Arctic Monkeys
Os Arctic Monkeys fizeram não só o melhor show do Tim Festival, mas também o melhor do ano, na minha modesta opinião. Os rapazes são extremamente talentosos e imprimem personalidade em cada faixa. Músicas rápidas, bateria claramente influenciada pelo punk-rock, letras muito boas e pausas estratégicas nas músicas. Além disso, seu álbum mais recente, “Favourite Worst Nightmare”, também está entre os melhores do ano, e mostrou que o trabalho do grupo está se aprimorando cada vez mais.

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Este ano foi bem bacana em relação a shows e, ao que parece, o ano que vem promete.

Um excelente final de ano a todos e que 2008 seja fantasticamente musical!

A partir de hoje, me encontrem debaixo de algum coqueiro em Pratigi.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Natal dos Desejos Neotix

Você está cansado de receber inúmeros votos de Boas Festas, Feliz Natal, Bom Ano Novo e que o bom velhinho blá, blá, blá?

Seus problemas acabaram!

Agora quem faz os desejos é você!

Envie pra Neotix tudo o que você sonha para o ano que vem! Você terá um espaço em nossa árvore e poderá voltar durante o ano todo para lembrar-se de correr atrás das promessas que fez.

Clique aqui!

terça-feira, dezembro 18, 2007

A era dos amigos secretos zicados acabou.

Adorei, Rô!

Nunca tive sorte em amigos secretos. Pelo contrário, sempre tive problemas. Desde que ganhei um porco de pelúcia horrível, na quinta série, recheado com bolinhas de isopor e com aspecto bem estranho, parece que o fantasma dos amigos secretos zicados pairou sobre mim.
No começo, achava que era coisa da minha cabeça.

Aí, no amigo secreto da família no ano retrasado (cujo valor do presente é de R$ 50,00), ganhei um colarzinho de biscuit que, segundo minha empregada, “custa R$ 1,99 no Largo Treze”. O problema não é só o valor, mas a decepção de ver que a pessoa que me tirou não teve a menor preocupação em encontrar algo bacana, que fosse a minha cara.

No ano passado, aqui na empresa, achei que isso iria acabar. Estávamos todos animados para a entrega dos presentes, uma turma pequena de pessoas que se conheciam bem, não tinha erro. Achei realmente que seria o primeiro presente legal que eu ganharia em um amigo secreto.

E foi, um presente muito legal. Ganhei um biquíni lindo, TAMANHO P. Hello! Olha a minha cara de quem usa ALGUMA COISA tamanho P! Bom, nem tudo estava perdido, eu poderia trocar, claro. E tentei ir até a loja, mas fui assaltada no meio do caminho e levaram tudo. Bolsa, agenda, livro. Ah sim, e o biquíni P.

Para este ano, já estava descrente que pudesse receber algo legal. Sexta-feira, um dia terrível, clientes atormentando a cabeça o dia todo, e de repente: “vamos entregar os presentes?” Um arrepio subiu pela espinha. Será que o dia poderia ficar pior?

Foi quando, com uma apresentação elogiosa, um dos meus chefes anunciou: tinha me tirado. Ao abrir o pacote, a boa surpresa: a biografia do Tim Maia e, de quebra, o “Back to Black” da Amy Winehouse. Fiquei pensando que Tim e Amy combinam super. Em todos os sentidos. Só sei que, assim que saíram do pacote, eles exorcizaram o fantasma que me rondava.


Foto: Anderson Mancini (o outro chefe)

terça-feira, dezembro 11, 2007

O show de Diana Krall aconteceu há mais de uma semana mas ainda carrego marcas...

Continuo descascando depois de passar mais de três horas sob um sol impiedoso no Parque Villa Lobos, em Pinheiros, naquele domingo sem nuvens nem tréguas.

De um modo geral, pode-se dizer que foi bacana, vai. Não conhecia o trabalho da Banda Mantiqueira, que faz versões instrumentais de grandes sucessos da música brasileira. Também conhecia só de nome a Traditional Jazz Band, e valeu a pena ter conhecido o bom trabalho daqueles senhores tão bem humorados. "Nós vamos cantar, e vocês vão ver a merda que vai sair", brincou um deles. O som estava muito baixo, e a grande área VIP fez com que os "pobres mortais" tivessem que assistir de muito longe às apresentações.

Só sei que a Traditional entrou às 10h, a Banda Mantiqueira às 11h e a tão esperada canadense foi entrar somente ao meio-dia. As pessoas protegiam-se com os bonés estrategicamente distribuídos pela Telefonica, num mar de cabeças verde-limão, quando a loira sentou-se ao piano e entonou “I Love Being Here With You”. "Aumenta o som!", eu pensava, em vão.

Entre uma música e outra, Diana declarava amor ao Brasil, e cheguei a ficar com raiva quando falou: "em meu país é muito frio, então pra mim é maravilhoso tocar com este belo sol." Belo sol porque você está na sombra, né bonitona?

Infelizmente, o parque não permite a venda de alimentos e bebidas em seu interior, ou seja, as mais de 15 mil pessoas presentes tiveram que se organizar em filas para receber os copinhos de água distribuídos pela Sabesp. Condições precárias, som baixo, e infelizmente o show de Diana Krall não foi o que esperava.

Não por ela, que tem uma voz belíssima e estava acompanhada por músicos muito competentes (destaque para a guitarra, perfeita). Mas pelo contexto, insuportável, que só consegui aguentar até “I’ve Got You Under My Skin”. Fica pra próxima, Diana.

Foto: Globo.com

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Futuro do Presente

Uma visita ao Itaú Cultural é garantia de programa no mínimo interessante.
Até 10 de fevereiro, acontece a exposição "Futuro do Presente", instalada em três andares do prédio. Com curadoria de Agnaldo Farias e Cristiana Tejo, a mostra reúne obras que remetem à noção de futuro, com um caráter por vezes lúdico, outras crítico, ou ainda com o objetivo de estimular os sentidos dos visitantes.
Dentre as diversas instalações do local, seguem alguns destaques:

"Centrípetas", de Mariana Manhães
Criado neste mesmo ano, o aparelho assemelha-se a dois avestruzes robóticos, que se mexem e emitem sons. Pode parecer engraçado, e é mesmo. Esta engenhoca é feita de membros mecânicos, fios e monitores LCD exibindo vasos que giram, falam, inspiram e expiram água. Em determinados momentos, eles perdem a compostura e começam a gritar, simultaneamente aos chacoalhos de toda a estrutura. Bem divertido.

"Falante", de Romano
Esta performance, exibida em uma tela de plasma, mostra o artista percorrendo algumas das principais ruas de São Paulo com uma mochila presa às costas. Esta possui uma caixa de som acoplada, e o artista filma a reação das pessoas nas ruas diante da frase "Não! Não preste atenção!" entoada de diversos modos. Impossível não prestar atenção.

"Elemento desaparecendo/Elemento desaparecido", de Cildo Meireles
Preocupado com o futuro do planeta, o artista projetou um picolé feito somente com água mineral. No espaço, há um freezer com picolés de diferentes cores, todos com o nome "elemento desaparecendo/elemento desaparecido". Em alguns pontos da cidade, estão sendo distribuídos picolés ao público, e a idéia é chamar a atenção para a escassez de água por meio da efemeridade do gelo.

"Jardim Suspenso", de Chiara Banfi
A instalação é composta por duas mesas de aço em que foram plantadas erva-cidreira e citronela. As mesas possuem um orifício central, em que o visitante pode introduzir a cabeça, estabelecendo experiências visuais e olfativas interessantes.

Na verdade, fui ao Itaú Cultural para conhecer o trabalho do fotógrafo paraense Alexandre Sequeira (indicação de Karina Bueno), que participou do projeto "Portfólio". Suas imagens representavam os personagens de um conto da escritora carioca Bruna Beber, sobre a vida em uma pequena vila no sertão nordestino, e foram impressas em tecidos inusitados, como toalhas de mesa floridas, redes e lençóis.

Infelizmente, a exposição fotográfica terminou em 25 de novembro, mas fica a dica para a mostra "Futuro do Presente" e, para quem quiser conhecer o projeto "Portfólio", será exposto até o dia 20 de janeiro o trabalho de outro fotógrafo, o paulistano José Frota.

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 (Próxima a estação Brigadeiro do metrô)
De terça a sexta, das 10 às 21h
Sábados, domingos e feriados, das 10 às 19h
Entrada gratuita