quarta-feira, janeiro 31, 2007

Babel

Antes de dirigir "Babel", o mexicano Alejandro González Iñarritu causou polêmica com "Amores Brutos" e "21 gramas", filmes que tratam de questões reais, atuais e, por conseqüência, dramáticas. Eu não assisti a nenhum dos dois (vergonha).

Quando "Babel" foi lançado no Brasil, na Mostra de Cinema, eu não fui vê-lo (vergonha). Mas prometi a mim mesma que iria assisti-lo no cinema assim que estreasse.

Feit0. O filme estreou e, já no primeiro final de semana, assisti. Olha, eu devia ir mais ao cinema. O filme é sensacional, em todos os aspectos.

O nome "Babel" se deve às falhas de comunicação entre os países, e como isso afeta as relações humanas. Marrocos, Estados Unidos, México e Japão se unem por um só acontecimento.

Uma criança marroquina, ao brincar com um rifle, acaba acertando uma turista americana (Cate Blanchett), que viajava com o marido (Brad Pitt) para superar o trauma de um filho que morreu.
Enquanto isso, a babá Amelia (Adriana Barraza, que concorre ao Oscar de melhor atriz coadjuvante) cuida dos dois filhos do casal, e pensa numa forma de não faltar ao casamento de seu filho, no México.


No Japão, uma adolescente surda-muda tem problemas de relacionamento com o pai (o dono do rifle que atingiu a turista americana) e encara as mudanças de seu corpo e sua mente.

Estes fatos que ligam as diferentes histórias mostram como o mundo "globalizado" ainda sofre com os problemas de comunicação.

As atuações estão perfeitas, a trilha sonora (étnica) é muito especial, a fotografia, sobrepondo diferentes contextos e paisagens dos países, é incrível. Mas principalmente, gostei da forma com que o roteiro foi montado, com colagens de cenas que me lembrou o Eisenstein (cineasta soviético de mili anos atrás que inseriu a colagem de cenas como forma de transmitir metáforas).


Enfim, um filme que vale a pena. Indicado ao Oscar de melhor filme, melhor roteiro original, duas atrizes coadjuvantes, trilha sonora e acho que só. Ir mais ao cinema já está na lista das mudanças comportamentais de 2007! ;)

E é só o começo.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Impulsivo

adj. 1. Que dá impulso. 2. Que age sem refletir. 3. Que facilmente se enfurece.

§

Desde pouca idade, logo depois de aprender que 2 mais 2 são 4 e que a capital do Brasil é Brasília, a menina aprendeu que "é preciso pensar duas vezes antes de falar ou fazer qualquer coisa".

Bobagem, pensava ela. Imagina só o tempo que ia perder pensando DUAS VEZES antes de fazer qualquer coisa! Ainda mais sendo tão agitada!

Hoje ela TEM que parar pra pensar. Duas, três vezes. Mesmo que ela não queira, mesmo que não consiga. Ela vai ter que tentar. Porque senão, ela sai fazendo burrada e depois fica aí, chorando pelos cantos, arrependida por ser tão impulsiva.

§
Falando absurdos
Virando a noite
Perdendo o senso
Derretendo satélites
(Herbert Viana/Paula Toller)

terça-feira, janeiro 16, 2007

Jornalismo Cultural

Em tempo:
Primeiro material produzido por mim e pelo Paulo sobre o Universo Paralello 2007!


FOTOS


REVIEW

E pra não passar sem uma imagem, coloquei esta foto minha fazendo malabares de luz!

Adivinha quem tirou??

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Onde o respeito ainda existe!

Rios de prata, pirata/Vôo sideral na mata/Universo paralelo...

Troca de energia by PH Schneider

Depois de duas semanas de “férias” merecidas – coloco entre aspas porque, mesmo tendo passado duas semanas na Bahia, em um festival alternativo, com meus amigos e meu namorado, sim, eu trabalhei – posso dizer que estou pronta para o novo ano.

O festival foi incrível, como sempre. Cresceu em estrutura e número de pessoas (me parece que passaram de 7 mil). A decoração estava incrivelmente integrada à natureza, não contrastava! Acrescentava.

Tendas multi-coloridas, quatro pistas de dança que tocaram os mais variados estilos musicais. Sol forte, o inconfundível sol da Bahia, sob o qual nem mesmo o protetor fator 60 conseguia fazer muita coisa.

Quer sair correndo? Vai! Ninguém se importa se você é branco, negro ou japonês. Ou se você dança esquisito, usa roupas esquisitas ou age de forma esquisita. Lá todo mundo se entende e interage. Você é livre para ser quem quiser, contanto que respeite os outros. E nesse clima de união e respeito, seis dias de festival aconteceram, proporcionando momentos incríveis para todos que estavam lá. Aguardem a cobertura jornalística completa!

EU comecei 2007 com dois feitos históricos:

- Dirigi na estrada! Isso mesmo! Fui de Ituberá (BA) a Eunápolis (BA) e, depois, de Rezende (RJ) a Guarulhos! Essa iniciativa me trouxe uma auto-confiança jamais antes vivenciada no volante... hehe Vamos ver se neste ano eu deslancho!

- Matei uma barata. Era pequena, mas isso não vem ao caso.

Enfim, feitos inéditos só anunciam que este ano promete! E pra finalizar, trecho de um texto do Carlos Drummond de Andrade que eu li na Época:

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente".
Assino embaixo.